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Especialista explica importância de vencer preconceitos para ajudar pessoas com transtornos mentais no processo de reabilitação



O Brasil apresenta as maiores taxas de incapacidade causada por depressão (9,3%) e ansiedade (7,5%) do continente americano, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). E de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os problemas relacionados à saúde mental são considerados prioridades, haja vista ao número elevado de incapacidades que o transtorno mental pode causar.

O psicólogo do Hapvida Saúde, Wilton Cabral, alerta que vencer o preconceito de falar sobre o assunto pode ser um passo fundamental para ajudar os pacientes. “É importante lembrar que transtornos mentais são doenças como quaisquer outras e passíveis de tratamento com grande chance de melhora e cura em muitos casos”, explica.



A Política Nacional de Saúde Mental, do Ministério da Saúde, abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas. 


Mitos


 Se tornou comum observar pessoas que sofrem com transtornos mentais ou dependência química sendo julgadas, excluídas e marginalizadas, devido a pré-conceitos ou falsos conceitos.

No entanto, o psicólogo explica que doenças mentais não são frutos da imaginação e muito menos são pessoas preguiçosas, como são, muitas vezes, rotuladas.


“Algumas doenças têm cura ou tratamentos específicos e esses pacientes podem ser tão inteligentes quanto às pessoas consideradas sadias. Portanto, não estigmatizar, mas procurar meios de incentivar a reabilitação desses indivíduos é o caminho mais adequado para que elas tenham melhor qualidade de vida”, esclarece Wilton Cabral, do Hapvida Saúde.

Estes mitos, associados à descriminalização, aumentam os sintomas do problema e podem levar ao suicídio. No entanto, Cabral afirma que mesmo nos casos mais avançados é possível controlar e reduzir os sintomas por meio de reabilitação e tratamentos específicos.  


Hábitos saudáveis

Com uma rotina frenética da sociedade moderna, as pessoas tendem a ficar com alto nível de estresse e ansiedade, fatores que quando acumulados e não devidamente tratados podem ocasionar transtornos mentais mais graves.  


Diante dessa realidade, o especialista destaca que adotar um estilo de vida de qualidade auxilia a manter a saúde mental em dia. Para isso, ele cita algumas recomendações que podem ser realizadas no dia a dia para não sofrer com esses males do século 21:



– Reforce os laços familiares e amizades


– Mantenha o corpo e mente ativos


– Tenha uma alimentação saudável


– Pratique atividades físicas


– Consulte o médico regularmente



Rede de apoio


O Ministério da Saúde possui assistência às pessoas com transtornos mentais de forma integral e gratuita em diversas unidades do sistema público de saúde em todo o País. Entre os serviços de referência para acompanhamento estão as 42 mil Unidades de Saúde da Família e os 2.589 Centros de Atenção Psicossocial.

A rede Hapvida também disponibiliza uma unidade de saúde completa com profissionais especializados e qualificados, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas, dedicados à prevenção e tratamento de pessoas com transtornos mentais.





A data


No dia 10 de outubro é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Saúde Mental. A data, instituída em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental, busca chamar atenção pública para o assunto, que ainda é um tabu na sociedade.