A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta terça-feira a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar, por sua vez, anunciou que está nos Estados Unidos e planeja seguir para a Europa, onde se submeterá a tratamento médico e se licenciará do mandato, conforme apuraram os jornalistas Andréia Sadi e Octavio Guedes.
A medida da PGR ocorre 20 dias após Zambelli ter sido condenada por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão. A condenação se deu por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apesar de ter tido o passaporte apreendido durante as investigações, o documento foi devolvido, e à época, não havia restrições legais que a impedissem de deixar o Brasil.
Saída do País Interpretada como Fuga; Deputada Embarcou para os EUA via Argentina
Fontes da GloboNews indicam que ministros do STF interpretaram a saída de Zambelli do país como uma tentativa de fugir das consequências do julgamento. A deputada deixou o Brasil em 25 de maio, cruzando a fronteira com a Argentina, de onde seguiu para Buenos Aires e, posteriormente, para os Estados Unidos.
Zambelli Responde a Outras Ações no STF, Incluindo Porte Ilegal de Arma
Além da condenação por invasão aos sistemas do CNJ, Carla Zambelli é ré em outras ações no STF. Entre elas, destaca-se um processo por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, referente a um incidente em outubro de 2022, quando a deputada sacou uma arma e perseguiu um apoiador do presidente Lula (PT).
Em março deste ano, seis ministros votaram por sua condenação a 5 anos e 3 meses de prisão, além da cassação do mandato, mas o julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
