InícioBRASILUso de celulares por adolescentes preocupa os pais apesar de veto em...

Uso de celulares por adolescentes preocupa os pais apesar de veto em escolas

Desde janeiro partir de janeiro de 2025, os celulares estão vetados na escolas brasileiras. No entanto, o impacto do uso por crianças e adolescentes ainda preocupa pais. O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que restringiu o uso de celulares em salas de aula e determinando a proibição nas escolas públicas e privadas. No entanto, a medida não resolveu o acesso irrestrito dos filhos à internet e redes sociais.

Essa tomada de decisão, se deu pela falta de atenção durante os períodos de aula, pela saúde mental dos alunos e pelos inúmeros ataques que surgiram nos últimos anos, como o cyberbullying. Em razão disso, muitos pais vêm se preocupando com a alta exposição de seus filhos ao chegarem em casa, gerando uma parcela de jovens ansiosos por consumo de redes sociais.

Celulares x pais x filhos

A maior queixa destes pais é não poder controlar o acesso das crianças e adolescentes, que antes dos 16 anos, já estão imersos neste universo e presos a teia formada por entretenimento, aplicativos de conversas e aparências. O estudioso, crítico dos efeitos nocivos das telas e redes sociais para as crianças e adolescentes, psicólogo social e professor universitário americano Jonathan Haidt reflete sobre o assunto com profundidade e diz ser de suma importância não permitir a criação de perfis na internet ou viabilizar telas durante a noite até os 15 anos, principalmente pelo assédio praticado por parte de adultos para com os menores, neste período.

“ É imprescindível que essa parcela da população, que vêm construindo e moldando o futuro, estejam protegidos por quem sabe se proteger. Claro que os pais devem intervir, mas os sistemas devem estar sempre adaptando os softwares para maiores cuidados e para poderem evitar fraudes, contatos indesejados e a falsidade ideológica. A criação de atividades e conscientização por parte da própria instituição, pode estimular o autocontrole e o início de uma educação digital”, disse o especialista em tecnologia, Diogo Archanjo.

A vulnerabilidade é o principal ponto da discussão, seguindo a ansiedade causada pelo uso excessivo e pela separação do celular na escola. Haidt é autor do best-seller “A geração ansiosa”, que evidencia o colapso da saúde mental entre os jovens e o que pode ser feito para contornar esse quadro, admitindo ainda que assim que conquistado a confiança dos pais é muito mais fácil de esconder coisas e guardar segredos.

 

Nomofobia o que é?
Esse cenário também é chamado de nomofobia e assim que o corte e a falta de acesso é instaurada, uma abstinência se cria. Os efeitos são diferentes em meninas e meninos, no qual para elas a internet traz pressão estética e a impertinência por parte de homens mais velhos e para eles traz o prazer imediato com os vídeo games e a pornografia, que se absorvida em grandes quantidades, atrapalha o desenvolvimento e os relacionamentos interpessoais.

Para que esses jovens adquiram alternativas de integração, eles vêm buscando registrar momentos e criar experiências com o uso de câmeras analógicas. A prática é impulsionada pela baixa resolução e a estética retrô que as fotos proporcionam e além de considerarem um salto para a realidade, a restrição trouxe de volta o interesse por livros e jogos que não dependam do celular.

“O governo federal está preparando um projeto de lei que declara a atuação da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), como órgão regulador das plataformas e obtendo o poder de exigir a retirada de conteúdos nocivos do ar, assim como aplicar sanções. Portanto, já estamos caminhando para um Brasil diferente! O que tomou a iniciativa de restringir o uso dos celulares em classe e o que cuidará não só da qualidade do ensino, mas que impactará na vida do cidadão como um todo”, acrescentou Diogo

Com informações da assessoria 

Artigos Relacionados

LEIA MAIS