O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (25), que está em silêncio por orientação de sua equipe jurídica. A declaração foi feita durante evento na sede do Partido Liberal, em Brasília, e reforça sua decisão de não conceder entrevistas ou comentar publicamente sobre investigações em andamento.
A manifestação ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, como parte das medidas cautelares impostas no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado. Moraes, no entanto, esclareceu que a medida não impede o ex-presidente de conceder entrevistas à imprensa.
A defesa de Bolsonaro sustenta que, apesar de poder falar com jornalistas, a difusão dessas falas em redes sociais, mesmo por terceiros, pode ser interpretada como descumprimento da decisão judicial. Por isso, os advogados orientaram o ex-presidente a manter silêncio, enquanto aguardam esclarecimentos do STF sobre os limites da medida.
O ex-presidente segue cumprindo outras restrições impostas pelo Supremo, como o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento noturno. As determinações fazem parte do processo que investiga seu suposto envolvimento na articulação de ações contra o Estado Democrático de Direito.
