TCE

01 Mai 2020

A pergunta que não quer calar é: o que está por trás da “urgência urgentíssima” no pedido de impeachment do governador Wilson Lima? A preocupação, de fato, com o sistema de saúde, ou uma movimentação política de grupos  disputando o poder. O quadro da saúde é grave e a situação dos profissionais que estão à frente no combate e médicos e enfermeiros também. Mas seria o caso de  provocar uma crise política agora, em plena pandemia, quando Manaus vem sepultando uma média de 120 pessoas por dia de vítimas da Covid-19?  Ou seria melhor unir esforços para vencer o fantasma. Unir poderes, parlamentares estaduais, bancada federal e somar esforços ao governador para derrotar o inimigo invisível. Na verdade, o mais coerente é deixar a “era das trevas” passar e depois retomar o a briga pela cadeira do governador. Mas isso que vai analisar são os deputado, a partir da semana que vem, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

Bolsonaro não e daí?
Tem uma detalhe: boa parte daqueles que clamam na internet pelo impeachment de Wilson não querem nem ouvir falar no impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo conscientes de que o capitão faz uma “trapalhada” a cada dez minutos, ele parece ‘intocável’.
Erros existem…

“Dito & Feito” não tem procuração para defender o governo do Estado. Mas tentamos ser justos. A administração Wilson Lima tem seus problemas, mas não é justo jogar todo o caos do sistema de saúde em seu colo em 16 meses de governo.

Ecos do passado

Afinal, já tivemos outros governos turbulentos e nem por isso houve pedidos de impeachment. Alguém lembra disso?

Democracia em vertigem
Essa pressa lembra muito o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), tirada a fórceps da presidência supostamente por “pedaladas”, um artifício que outros presidente sempre fizeram uso.

Entre o de lá e o daqui
Ao ser perguntado sobre como avalia o  processo de impeachment do governador do Amazonas, o senador Plínio Valério (PSDB-AM)  respondeu:
— Vou te mandar o que disse quando me perguntaram sobre o pedido de impeachment do Bolsonaro…

Guerra e paz

Na verdade, o senador  tucano não fez uma análise, mais sim uma poesia. Relembrando seus tempos de poeta na juventude:
— Quem busca a paz, mesmo em tempo de guerra, tem que fazer concessões difíceis, o que não significa abandonar o campo de batalha.

Gasolina no fogo
Plínio considera o Impeachment “instrumento democrático e válido”, mas também diz enxergar fortes argumentos em quem o defende.

— Porém, nesse momento de guerra contra o inimigo comum, seria apagar fogo com gasolina.
Vidas roubadas
Mas, deixando o romantismo de lado, Valério optou pelo bom senso, dizendo que o “momento é de atravessar a tempestade”.
— O momento é de pensar em ajudar aqueles, que trancados em suas casas, assistem, sem nada poder fazer, suas vidas tomarem rumos opostos aos seus sonhos.

Plínio é contra impeachment no momento

Fonte:

https://www.blogdomarioadolfo.com.br/a-quem-inreressa-impeachment-wl/

www.blogdomarioadolfo.com.br