Um grupo, de pelo menos 22 alunas do 1º ano do ensino médio, de uma escola particular de Belo Horizonte denunciou a manipulação de suas imagens por colegas de turma, utilizando inteligência artificial para criar montagens com nudez. As fotos falsas, com conteúdo sexual, foram compartilhadas em grupos de mensagens, inclusive em canais que promoviam “campeonatos de masturbação” com “premiações” entre os envolvidos.
As denúncias apontam que as imagens foram retiradas de redes sociais e adulteradas digitalmente, sendo até mesmo vendidas. O caso provocou revolta entre pais e responsáveis, que acusaram a escola de omissão. “A coordenação não acolheu as meninas, e só começou a se movimentar depois da pressão dos pais. Uma estagiária chegou a rir da situação ao telefone”, relatou uma mãe que também é advogada e representa juridicamente as famílias.
Segundo os relatos, esta não é a primeira vez que situações semelhantes ocorrem na instituição. É o quarto ano consecutivo em que denúncias de violência digital envolvendo o mesmo grupo de alunos são registradas. A escola, até o momento, não anunciou medidas disciplinares concretas.
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, já acionou o Ministério Público para acompanhar o caso. Alunos do 3º ano publicaram uma nota de repúdio nas redes sociais, exigindo punições e medidas urgentes para garantir a segurança das alunas.
A direção do colégio ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Fonte: R7


