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Na manhã desta terça-feira (05), o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Álvaro Campelo (PV), repudiou a fala do comediante Léo Lins após um vídeo do humorista fazendo “piada” sobre uma criança com hidrocefalia viralizar nas redes sociais esta semana. O parlamentar é criador da Lei da Carteira da Pessoa com Deficiência no Amazonas, que substitui o laudo médico e garante o acesso prioritário a diversos serviço públicos e privados, através da Lei 5.106/20 sancionada em 2020.

Em seu discurso durante Sessão Plenária, Álvaro Campelo repudiou e cobrou providências ao mostrar os termos usados pelo humorista. O parlamentar afirmou que perante a Lei não se trata de apenas uma piada, e sim, de um crime. “Essa atitude é infeliz e criminosa conforme está previsto no artigo 88 da lei 13.146: praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoas em razão de sua deficiência com uma pena de 1 a 3 anos de prisão e multa”, ressaltou.

Álvaro chamou a atenção de todos para serem fiscais e denunciarem situações como esta. “Nesta manhã eu quero conclamar todas as pessoas, pois cada um de nós é um fiscal, um guerreiro para fazer valer o direito das pessoas com deficiência e não permitir que situações como esta sse tipo de situação como esta aconteçam”, declarou.

Entenda o caso

O humorista Leo Lins publicou um vídeo, na última quarta-feira (29), onde aparece fazendo uma piada ofensiva sobre uma criança com hidrocefalia do Ceará.

O vídeo provocou comentários nas redes sociais, onde diversas pessoas criticaram o comentário, feito durante uma apresentação.

O SBT, emissora da qual Leo Lins fazia parte, informou que ele não integra mais o quadro de funcionários do veículo, mas não comentou se o fato tinha relação com a fala de Leo Lins no vídeo.

Sobre a hidrocefalia

A hidrocefalia é uma condição que acontece quando a quantidade de líquido cefalorraquidiano (LCR) ou liquor, como também é conhecido, aumenta no crânio. Este acréscimo anormal do volume de liquor dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio, provocando uma série de sintomas que necessitam de tratamento de emergência para prevenir danos mais sérios, segundo o Ministério da Saúde.