Transplantes, exames de alta complexidade e mutirões cirúrgicos integram o novo formato implementado pelo Governo do Estado
O sistema público de saúde do Amazonas, sob a gestão do governador Wilson Lima (União Brasil), passa por um processo de transformação e de expansão, baseado em investimentos pesados no aumento da capacidade hospitalar, implantação de serviços de média e alta complexidades e em novas tecnologias.
O chamado “Padrão Delphina Aziz” tornou-se referência no estado, a partir do funcionamento da unidade, na zona norte de Manaus, que hoje serve como modelo replicado em outros locais, com foco na ampliação do acesso aos serviços e na qualificação dos atendimentos.
Desde 2019, início da gestão de Wilson Lima, o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz passou por uma transformação que elevou o número de leitos no local, de 35 para 352. Os atendimentos ambulatoriais cresceram de 3,8 mil para 148 mil por ano, e as cirurgias saltaram de 1,2 mil para 22,7 mil. O volume de exames também teve crescimento expressivo: foram realizados 1,9 milhão em 2023, com previsão de 2,4 milhões até o fim de 2025, resultado direto da modernização tecnológica implementada no setor laboratorial.
“Ao investir em equipamentos e pessoal qualificado, conseguimos reduzir o tempo de espera por exames e cirurgias, aumentando a eficiência da rede pública”, afirma o governador Wilson Lima, presidente estadual do União Brasil.
O Delphina Aziz também passou a realizar procedimentos de alta complexidade, como transplantes renais, que somam 200 cirurgias desde 2023, e implantes cocleares, com 57 pacientes beneficiados. A previsão do governo é que, a partir de 2025, o hospital esteja apto a realizar transplantes de fígado, o primeiro desse tipo no estado. A iniciativa visa evitar o deslocamento de pacientes para outros centros urbanos, contribuindo para a recuperação em ambiente familiar.
“Fizemos os ajustes necessários para viabilizar transplantes no estado e, agora, avançamos para implantar uma nova modalidade: o transplante de fígado, um passo importante nesse processo”, completa o governador.
Outra frente de expansão está no Hospital 28 de Agosto, integrante do Complexo Hospitalar Sul. A unidade realizou, entre janeiro e abril de 2025, mais de 3,7 mil cirurgias de média e alta complexidades. O centro cirúrgico, que opera 24 horas, é responsável por uma média de 31 procedimentos por dia. As especialidades com maior demanda incluem ortopedia, cirurgia geral e urologia.
“O modelo implementado pelo Governo busca ampliar a capacidade instalada e reduzir o tempo de espera dos pacientes”, destaca Marcellus Campêlo, vice-presidente estadual do União Brasil e secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). Ele é responsável pela coordenação das principais obras da saúde, por meio da UGPE. Segundo ele, a estratégia inclui reforma e ampliação de unidades na capital e no interior, com foco na regionalização da assistência.
» REDUÇÃO DA ESPERA – No campo da prevenção, o estado inaugurou, em março de 2025, o Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero (Cepcolu), anexo à Fundação Cecon. Em apenas quatro meses, a unidade realizou quase 2 mil atendimentos, incluindo 310 conizações, procedimento cirúrgico para remoção de lesões de alto grau. Com modelo de hospital-dia, o centro contribuiu de forma decisiva para a eliminação da fila de espera por cirurgias ginecológicas relacionadas à prevenção do câncer do colo do útero.
Paralelamente, a transformação digital da saúde tem ampliado o acesso e agilizado atendimentos em todo o Amazonas. Com mais de R$ 25 milhões investidos, o Telessaúde tornou-se referência nacional ao conectar médicos e pacientes em todos os 62 municípios, inclusive em áreas remotas. Já são 50 telessalas (23 em Manaus e 27 no interior), com mais em implantação. São oferecidas teleconsultas em 13 especialidades e telediagnósticos com laudos digitais. O impacto é claro: a espera por consultas caiu de 100 para 19 dias, com redução de filas em dermatologia (−26%) e psiquiatria (−19%), além de até 40% de aumento nos atendimentos em psicologia pediátrica e nutrição.”
A reestruturação também avança com ações presenciais. Em junho, o governo lançou um novo mutirão de cirurgias eletivas, com meta de 40 mil procedimentos até dezembro, pelo programa Opera+ Amazonas, ativo desde 2021. A iniciativa visa reduzir filas em especialidades como ginecologia, ortopedia, urologia, oftalmologia, proctologia, dermatologia e cirurgia geral
» ESTRUTURA PERMANENTE – O investimento total na ação é de R$ 186,6 milhões, sendo R$ 155,5 milhões provenientes do Estado e R$ 31 milhões de repasses federais. “O objetivo é atender à demanda reprimida, mas, principalmente, estruturar as unidades de forma permanente”, afirma a secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud.
Segundo a secretária, o modelo de gestão adotado pelo Estado se sustenta em três pilares estratégicos: ampliação da rede hospitalar, modernização tecnológica e qualificação contínua das equipes multiprofissionais. “A estratégia contempla não apenas o crescimento físico das unidades e a aquisição de equipamentos de ponta, mas também a reorganização dos fluxos de atendimento, a descentralização dos serviços especializados e a adoção de protocolos que aumentam a eficiência e a capacidade de resposta do sistema”, detalha.
“Trabalhamos com planejamento integrado entre as unidades, investimentos em formação técnica e em novas tecnologias para diagnóstico e tratamento. Com esse conjunto, o Governo do Estado busca consolidar um padrão de saúde pública ainda mais eficiente, acessível e com maior alcance territorial, atendendo tanto a população da capital quanto dos municípios do interior”, conclui Nayara Maksoud.
Fonte: União Brasil
Foto: Divulgação


