TCE

Geraldo Rocha
Administrador de  Empresas CRA AM/RR 1-4882

 A
necessidade de uma rápida resposta, enxergar oportunidades e realinhar os
negócios, sem dúvida nenhuma, tem sido o desafio enfrentado por todos
empreendedores brasileiros, nesse ambiente hostil de COVID 19.
 Os efeitos do confinamento, do cerceamento, foram
imediatos e desastrosos para todos, sejam Autônomos, MEIs, Micros e Pequenos, seja
qual for o seu porte. A dinâmica da cidade, do mercado, do consumo, foi alterada
profundamente; as pessoas não se deslocam, não consomem, não produzem,
reduzindo drasticamente a demanda em todos os segmentos. Nossa economia foi visceralmente
impactada com reflexos imediatos e expectativa de queda significativa no PIB
brasileiro, caminhando para um cenário recessivo no país, segundo especialistas.
 O estrago foi feito, o caos para os negócios é
iminente, as contas permanecem e precisam ser renegociadas. O suporte
financeiro emergencial, apesar de amplamente divulgado que será disponibilizado,
continua burocratizado e de difícil acesso. Os bancos privados atrofiaram ainda
mais o crédito, não acompanharam as iniciativas dos bancos públicos e agentes
financeiros governamentais. Fecharam suas portas até para clientes considerados
primes e outros termos utilizados para diferenciá-los. As taxas por eles
praticadas, continuam extorsivas, não foram reduzidas a níveis satisfatórios,
apesar da constante trajetória de queda da SELIC desde 2016. A burocracia
continua, talvez, ainda maior que antes.   
  O que fazer? Temos visto boas iniciativas em
busca de sobrepujar as dificuldades impostas: 1. Empresas com maior nível de
flexibilização, redirecionaram sua força de vendas, criaram plataformas home office
e entregas em domicílio; 2. Outras adaptaram sua linha de produção, passando produzir
álcool gel, máscaras faciais, batas, luvas, demandados em grande escala; 3. Horário
diferenciado e atendimento personalizado para os idosos, sinalização interna e
externa foram adotados; 4. Padarias, restaurantes, lanchonetes, distribuidoras
passaram a fazer delivery, implantaram drive-thru; 5. Redes de drogarias incluíram
cestas básicas diferenciadas no rol de produtos; 6. Salões de beleza,
barbearias, manicures, cabeleireiros, cozinheiros e outros tantos trabalhadores
autônomos, passaram a atender em domicílio; 7. Cursos online foram ainda mais ofertados;
8. Artistas, músicos de todos os níveis utilizaram  Lives para realizarem seus shows; 9. Marketing
digital passou a ser ferramenta ainda mais valorizada e utilizada por muitos
empreendedores para gerar relacionamento; 10. Empresas fortaleceram suas marcas
patrocinando eventos e arrecadações beneficentes, via mídias sociais; 11. A
otimização dos negócios através do Facebook, Instagram e WhatsApp, vem sendo posta
em prática por meio de reuniões virtuais e marketing no seu amplo sentido.
 Bom, continuamos, sem perspectivas de
normalidade, inúmeros empreendedores enxergaram oportunidades, identificaram
necessidades, se readequaram, usaram da criatividade e buscaram alternativas
para manter, atrair e conquistar clientes, reinventaram seus negócios, estão
aprendendo, se surpreendendo com os resultados, superando adversidades e
continuam   firmes focados nos seus propósitos, apesar de
toda turbulência. Outros ainda passam por 
dificuldades, não conseguiram dar os primeiros passos e identificar uma
solução criativa para a peculiaridade do seu negócio. A criatividade e a
inovação andam juntas e, fazem o grande diferencial nos momentos de crise.
 Vamos torcer e aguardar, principalmente para
que o Governo Federal, Congresso Nacional, Governadores e Prefeitos se alinhem,
tomem medidas coesas, adequadas, assertivas e rápidas para recuperação e
minimização dos possíveis impactos recessivos, mantendo de pé o segmento que
gera o maior número de postos de trabalho e ocupação nesse país, composto por
trabalhadores Informais, MEIs, Micro e Pequenos Empresários, os mais
vulneráveis nesse atual momento de crise e fragilidade socioeconômica. Precisamos
enxergar o fim dessa pandemia, o fim das incertezas e ter mais confiança no
futuro!   
Fonte e Foto: Divulgação