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 Após auditoria interna da Fundação Amazonprev
para apurar possíveis irregularidades nos processos de concessão de
aposentadoria foi constatado a duplicidade de pagamento regular na conta de um
segurado falecido em maio de 1990. A servidora dos Correios, Eva Maria Silva
Nascimento, de 48 anos, está sendo acusada de receber mais de R$ 4 milhões,
durante quase 30 anos, utilizando documentação falsa, no lugar de Fernando
Bonates, que era investigador da Polícia Civil.
 A fraude foi descoberta pela Amazonprev no
curso de uma investigação que cruza os dados dos segurados, como CPF, por
exemplo, para descobrir irregularidades em seus sistemas de recadastramento e
previdenciário. Essas informações foram repassadas para o Departamento de
Repressão ao Crime Organizado que passou a investigar o caso de estelionato
majorado. A DRCO prendeu Eva Nascimento na última sexta-feira (30/8), um mês
depois de assumir as investigações.
 “Vamos ficar cada vez mais incisivos nas
nossas investigações, na melhoria dos nossos sistemas de atendimento ao público
para que essas situações sejam evitadas. As investigações ainda estão no
início, existe um processo para que a gente consiga descobrir como essa senhora
conseguia burlar os sistemas de segurança, principalmente dentro do banco,
porque ela conseguia ter acesso aos cartões e movimentava a conta corrente de
uma pessoa que já tinha morrido”, declarou o presidente do órgão, André Luiz
Zogahib.
 O gestor da Amazonprev afirmou, em coletiva de
imprensa, nesta quarta-feira (4/9), que ainda não é possível apontar o
envolvimento de outras pessoas no caso de desvio de recursos do aposentado,
ex-servidor da PC. “Há, sim, a possibilidade, mas a Polícia Civil, por meio da
DRCO, está trabalhando para que de uma maneira muito contundente os fatos sejam
esclarecidos”, pontuou.
 Sistema
confiável
– Ainda na coletiva de imprensa,
André Zogahib destacou a solidez dos sistemas de segurança da Previdência do
Amazonas. “Nossos sistemas são extremamente rígidos, mas como todo sistema não
estamos livres de que pessoas mal-intencionadas possam burlar. Porém, essas
pessoas que escolhem cometer o crime sabem que estão sujeitas às penalidades e
nós não vamos permitir impunidade. Cada escolha uma renúncia, então essas
pessoas, que vão por esses meios ilícitos não pesaram as consequências e, nós
vamos até o fim em busca dessas consequências”, avisou Zogahib.
Fonte: AMAZONPREV
Foto: Erlon
Rodrigues