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Cris Faga/Folhapress |
Auxílio emergencial até dezembro é proposto pelo governo. O Ministério da Economia avalia que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Embora membros da pasta mencionem preocupação com o impacto fiscal da medida, há o entendimento que pressões políticas podem levar à prorrogação.
O auxílio já demanda R$ 254,2 bilhões e representa a medida mais cara do pacote anticrise. O programa foi criado para pagar três parcelas. Depois, foi prorrogado por dois meses.
Técnicos do Ministério da Economia dizem que o programa tem um custo mensal aproximado de R$ 50 bilhões. Por isso, a prorrogação com as mesmas regras até o fim do ano faria o custo total chegar a R$ 450 bilhões (quase cinco vezes o rombo de todo o governo em 2019, de R$ 95 bilhões).
O ministro Paulo Guedes defende um valor de R$ 200. Ele entende que esse valor representa a média recebida no Bolsa Família, e que portanto o auxílio não poderia ser maior do que isso.
No entanto, Guedes já defendia uma redução para R$ 200 em maio caso a medida fosse prorrogada, e o governo estendeu o auxílio por mais dois meses mantendo a quantia de R$ 600.
A prorrogação do benefício pelo valor de R$ 600 dispensa novo aval (e possível derrota) no Congresso. A lei do auxílio permite a extensão por ato do Executivo, mas mantendo os valores previstos na proposta (de R$ 600).
Desde que foi desenhado, o auxílio é alvo de interesse no mundo político, principalmente em torno dos valores pagos.
https://www.mixvale.com.br/2020/08/04/auxilio-emergencial-ate-dezembro-e-proposto-pelo-governo/amp/