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Ministros da Infraestrutura e Agricultura acompanham comitiva

 O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, hoje
(24), em Pequim, na China, o segundo país no giro presidencial pela Ásia e
Oriente Médio. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e também um dos
principais fornecedores de investimento em áreas cruciais, como infraestrutura e
energia, prioridades do governo. Em 2018, o fluxo de comércio com o país
asiático alcançou a marca histórica de US$ 98,9 bilhões.
 O primeiro compromisso de Bolsonaro foi uma
visita à Grande Muralha da China. Em seguida, o presidente e os ministros se
reuniram com empresários chineses em um evento organizado pelo presidente da
Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
 Na China, mais ministros brasileiros se
juntaram à comitiva presidencial, como a da Agricultura, Tereza Cristina, e o
de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois já estavam no país em reuniões
com autoridades e empresários para tratar de oportunidades e aprofundamento das
relações comerciais.
 Para Albuquerque, a abertura do mercado de gás
no Brasil, por exemplo, deve atrair mais investimentos chineses. “No setor de
mineração, há empresas chinesas fazendo investimento no Brasil, principalmente
na área de fosfato e nióbio e também de petróleo e gás, com exploração tanto no
off-shore quanto no on-shore, em terra e no mar. E acreditamos que agora, com a
abertura do mercado de gás, a China terá uma importante participação,
principalmente na infraestrutura nesse importante setor, para a
reindustrialização do país”, disse, em vídeo divulgado nas redes sociais da
Presidência.
 Amanhã (24) pela manhã, o presidente Jair
Bolsonaro participará do Seminário Empresarial 45 anos construindo laços
bilaterais, dirigido a empresários brasileiros e chineses. À tarde, no Grande
Palácio do Povo, estão previstos encontros com o presidente Xi Jinping, com o
primeiro-ministro Li Keqiang e com o presidente da Assembleia Nacional Popular,
Li Zhanshu, bem como uma cerimônia de assinatura de atos bilaterais. À noite,
está previsto jantar a ser oferecido pelo presidente Xi Jinping em homenagem ao
presidente brasileiro.
 Em seus encontros, os presidentes deverão
revisar os principais aspectos da agenda bilateral, inclusive o processo de
atualização do Plano Decenal de Cooperação (2012-2021) e de modernização da
Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), o
principal mecanismo de coordenação e acompanhamento das relações entre os dois
países.

 Japão

 O tour do presidente Bolsonaro começou pelo
Japão, onde esteve acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Ele se
encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na busca por novos
negócios com o país asiático, para exportação de carne brasileira e acordos em
ciência e tecnologia. Segundo o presidente, Abe manifestou apoio à entrada do
Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 O presidente participou de evento com a
comunidade brasileira no Japão e também levou às autoridades as suas
necessidades. Mais de 200 mil brasileiros vivem no país, ficando atrás apenas
das colônias brasileiras nos Estados Unidos e no Paraguai. Bolsonaro ainda se
encontrou com o príncipe Charles, da Inglaterra, com quem conversou sobre o
desenvolvimento da Amazônia.
 Foi a segunda vez do presidente Jair Bolsonaro
no Japão. Em junho, ele esteve em Osaka para participar da reunião do G20, que
reúne as maiores economias do mundo. Nessa última visita participou da
cerimônia de ascensão ao trono do imperador japonês Naruhito, em Tóquio, e se
reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski.
 “Ucrânia quer aviões militares do Brasil.
Presidente ucraniano tem interesse em comprar aviões Super Tucano. O Ministro
de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, avaliou a possibilidade dos ucranianos
adquirirem a aeronave KC-390, cargueiro militar fabricado no Brasil”, informou
o presidente em sua página pessoal no Twitter.
 Também pela rede social, Bolsonaro escreveu
sobre seu encontro com empresários japoneses. “No grandioso Japão, nos reunimos
com empresários de grandes corporações como o chamado ‘Grupo de Notáveis’,
entre outros importantes compromissos mostrando o novo Brasil: crescendo,
gerando empregos e oportunidades com liberdade e segurança ao investidor!
Podemos muito mais!”.
 O Japão é o sexto maior investidor direto no
Brasil, com estoque de US$ 20,194 bilhões (fluxo de US$ 1,124 bilhão em 2018).
Na última década, os investimentos japoneses privilegiaram os setores primário
(mineração) e secundário (aço/metais, máquinas/equipamentos, transporte).
Foto: Isac Nobrega