O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista ao jornalista Leo Dias na última terça-feira (25), que seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, foi “torturado” por agentes da Polícia Federal durante depoimentos.




“Ele foi torturado (…) Meus advogados pediram os vídeos na íntegra dos depoimentos, sem cortes, sem esses trechos que estão por aí. Em todos esses vídeos, você vê o ‘dono do inquérito’ falando: ‘Você tem um pai, uma mãe, uma filha’, (é) tortura, tortura psicológica”, declarou Bolsonaro.
Questionado por Leo Dias sobre os nomes dos responsáveis pela suposta tortura, Bolsonaro se recusou a responder, limitando-se a comparar o caso com a Operação Lava Jato: “Comportamento muito menos do que esse seguiu pra anular a Lava-Jato”.
A entrevista foi concedida no programa “Leo Dias TV”, no YouTube, e ocorre em meio às investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é um dos investigados.
“Armado pela esquerda”
Bolsonaro que foi acusado de tentativa de golpe pela Procuradoria Geral da República (PGR) e deve ser julgado nos próximos meses, foi questionado. “Voltando para o 8 de janeiro. Eu quero sem rodeios, aquilo ali foi o quê?”. “No meu entender, na minha opinião, armado pela esquerda”.
“Você acha que aqueles coitados com Bíblia na mão, com bandeira do Brasil, vovós… Quem estava coordenando esse pessoal? Tinha que ter um comandante. São uns pobres coitados e tinha gente que nem estava lá e foi presa”. “Você acha que vão preparar um golpe com 1.500 pessoas e isso não vaza? São 1.500 pessoas: ‘Olha, nós vamos lá amanhã’. Alguém programou para dar esse clima, copiando o Capitólio de 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos”, alegou.