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Borba está entre os 12 municípios do Amazonas considerado prioridade do “Programa Brasil Saudável”, lançado pelo Governo Federal, por meio de decreto, na última quarta-feira (07/02). A iniciativa busca eliminar infecções e doenças como tuberculose, hanseníase, HIV/Aids e malária que acometem populações em vulnerabilidade social.

“O Programa Brasil Saudável chega em momento oportuno para atender a população, principalmente aquelas pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A saúde dos borbenses é afetada tanto no período da cheia quanto na seca dos rios. Com esse apoio do Governo Federal, poderemos intensificar os cuidados à população”, destacou Simão Peixoto, prefeito de Borba, município localizado a 151 quilômetros de Manaus em linha reta.

Conforme o site do Ministério da Saúde (MS), a meta é que a maioria das doenças seja eliminada como problema de saúde pública. Dentre elas estão a malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical: sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV. Também espera-se que sejam cumpridas as metas da Organização Mundial de Saúde (OMS) para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/aids. Somente no Brasil, o número de mortes em razão dessas doenças foi de mais de 59 mil entre os anos de 2017 e 2021.

*Saúde em Borba e AM*

Em 2023, foram registrados 18 casos de contaminação por sífilis, em Borba. A proporção entre os sexos é a mesma. Foram nove casos confirmados em homens e nove em mulheres. Entre as raças a diferença é grande. Foram 17 casos em pessoas que se declararam pardas e um em pessoa declarada preta.

Ainda no ano passado, foram diagnosticados 15 casos de HIV/Aids entre gestantes, crianças e adultos em Borba, sendo que no mês de julho foram notificados cinco casos. A taxa de óbitos devido à doença no município foi de 2,4. A maioria dos contaminados (7) é composta por homens héteros.

Em 2022, o número de casos de malária no Amazonas atingiu 37,4%. O estado integra o grupo de unidades da federação com maior proporção de casos. E, em 2023, registrou mais de 58 mil (42,07%) casos de malária, de acordo com o painel epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS). O estado assinou a carta de compromisso do Ministério da Saúde de eliminar a doença até 2035.