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BRASIL – A figura mais emblemática do último debate entre candidatos à Presidência do Brasil, Padre Kelmon (PTB), teve por diversas vezes sua posição de padre questionada pelos demais candidatos. Sendo chamado de “padre de festa junina” por Soraya Thronicke (União Brasil) e apontado como “laranja” e “fantasiado” por Lula (PT).

Padre Kelmon concorria como vice de Roberto Jefferson (PTB), mas assumiu a candidatura da chapa depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura do ex-deputado.

Com relação às falas de Soraya, Kelmon rebateu: “A senhora desrespeita por não saber o valor de um sacerdote. É aquele homem que se dedica à vida do pobre e serve no altar a Jesus Cristo. O povo brasileiro sabe disso, mas a senhora desconhece. Sabemos da importância do zelo pelo ser humano, onde a verdade é primordial. É preciso valorizar e respeitar as pessoas que estão neste país ajudando a construí-lo”.

Mas afinal, Padre Kelmon realmente é padre?

Uma nota publicada no dia 14 de setembro pelo arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil aponta que Kelmon Luís da Silva Souza, não é membro da Igreja, e se autodenomina padre de maneira equivocada.

“Esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião prevista no 18º artigo da Declaração dos Direitos Humanos e no artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais”, disse a entidade.

No documento, é apontado ainda que Kelmon nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, sequer no Brasil ou em outro país.

Fonte: Terra