O 58º Festival de Parintins terminou com a vitória do boi Garantido, mas o resultado não foi aceito de forma pacífica. O boi Caprichoso anunciou que vai pedir a anulação da apuração, alegando irregularidades nas notas atribuídas por jurados. A polêmica se intensificou quando o presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo, abandonou a apuração ainda em andamento, alegando injustiça nas avaliações, especialmente no item “Levantador de Toadas”.
O episódio que levou ao protesto foi a divulgação das notas do segundo dia de disputa, em que Patrick Araújo, levantador de toadas do Caprichoso, recebeu notas de 9,9 e 9,8, enquanto seu adversário, David Assayag, do Garantido, teria sido favorecido com notas máximas, mesmo apresentando, segundo Amoedo, uma performance inferior. O presidente também acusou membros da comissão julgadora de já estarem comprometidos, apresentando um ofício entregue anteriormente com essa denúncia.
Mesmo com a saída da comitiva azul do Bumbódromo, a apuração seguiu normalmente, e o Garantido foi consagrado campeão com 1.259 pontos, superando o Caprichoso por apenas dois pontos. A vitória veio com o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, que exaltou as raízes culturais e populares da Amazônia, garantindo ao bumbá vermelho e branco seu 33º título no festival.
Nas redes sociais, o Caprichoso reforçou seu protesto, se autodeclarando “Campeão do Povo” e acusando a existência de “injustiças e incoerências” no julgamento. A diretoria azul anunciou uma coletiva de imprensa para apresentar supostas provas de manipulação envolvendo jurados e o boi adversário. Até o momento, nem o Garantido nem a organização do festival se pronunciaram sobre as acusações.


