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Ex-namorado e autor do crime, Rafael Fernandes, confessou ter jogado o celular da vítima em uma área de mata enquanto fugia para o estado de Roraima
Equipes da polícia fazem diligências para encontrar o celular de Kimberly Mota, a Miss Manicoré, encontrada morta na madrugada do último dia 12. O ex-namorado, Rafael Fernandes, confessou o crime à polícia. Segundo as investigações, as últimas mensagens trocadas serão cruciais para dizer como era o relacionamento do casal e se o crime teria sido premeditado.

O caso


A modelo de 22 anos e atual Miss Manicoré, cidade do interior do Amazonas a mais de 300 km da capital, foi encontrada morta na madrugada desta terça-feira (12), na capital Manaus.
O corpo de Kimberly Karen Mota de Oliveira estava no apartamento do namorado, no centro da capital, e apresentava marcas de facadas no pescoço e no abdômen, de acordo com a Polícia Civil.
Cãmeras registraram o momento em que Rafael teria ido buscar a modelo na casa de uma amiga. Desde então, ambos eram considerados desaparecidos e fotos da modelo começaram a ser compartilhadas pelas redes sociais.
Rafael foi encaminhado para um presídio em Manaus na tarde de domingo (17). Ele foi encontrado em uma área de mata em Pacaraima e preso na sexta-feira (15). Estava descalço e usando máscara de proteção quando chegou à delegacia de homicídios e sequestros, na zona leste de Manaus. Segundo a polícia, ele confessou o crime.
De acordo com as autoridades, Rafael alegou ter matado a namorada por ciúmes depois de ver mensagens no celular dela. Kimberly foi atingida por pelo menos três golpes de faca. Ainda segundo a polícia, o suspeito pegou uma faca e esperou a vítima deitar para dar o primeiro golpe.
Rafael está no CRT (Central de Recebimento e Triagem), e ficará em quarentena. Todo preso que entra no sistema fica um período isolado por conta da pandemia do novo coronavírus. Ele será encaminhado a uma unidade prisional após este período.
Ainda de acordo com a polícia, Rafael tentou tirar o corpo da modelo do apartamento e quando percebeu que não conseguiria, ligou para seu pai dizendo o que tinha acontecido. O pai o aconselhou a se entregar, mas Rafael resolveu fugir.
Na quinta-feira (14), após saber da repercussão do caso, o pai de Rafael cometeu suicídio na Grande São Paulo. Segundo o delegado do caso, Paulo Martins, Rafael só soube da morte do pai após sua prisão.