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A Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) recebeu, no final da última semana, a primeira remessa do medicamento Norepinefrina (Noradrenalina). São 42 mil ampolas de uma compra de 140 mil unidades feita pelo Governo do Amazonas para abastecer a rede de saúde do Estado por um período de seis meses.

O medicamento é um dos componentes do kit intubação, muito usado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que teve aumento considerável da demanda por conta da pandemia de Covid-19.

O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, destacou o sucesso do processo licitatório realizado pela Cema e a importância do abastecimento desse tipo de medicamento para o Estado, após algumas tentativas anteriores.

“Há uma grande dificuldade de aquisição dessa medicação no mercado. O próprio Ministério da Saúde teve uma compra recente fracassada e a primeira tentativa que fizemos também fracassou. Na segunda tentativa, conseguimos comprar com preço, inclusive, abaixo da tabela da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), trazendo economia para o Estado e segurança para o abastecimento de nossos hospitais com um medicamento que é essencial para pacientes graves de UTI, incluindo aqueles com Covid-19”, afirmou.

Com proposta de R$ 8,80 a unidade, correspondente a quase metade do preço da tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Indústria Farmacêutica Hypofarma venceu a dispensa de licitação realizada mês passado. Na fase de lances do certame, a empresa de Minas Gerais apresentou o menor preço entre os quatro concorrentes que participaram do processo.

Valores

A proposta vencedora está R$ 7,75 (47%) abaixo do preço da tabela CMED, na qual o produto figura com o valor de R$ 16,55. A tabela CMED serve de parâmetro para o mercado farmacêutico, de modo que laboratórios, distribuidores, importadores, farmácias e drogarias não podem cobrar preço superior.

O coordenador da Cema, Cláudio Nogueira, afirmou que as 42 mil ampolas entregues, agora, representam um terço do que foi empenhado. “As outras 98 mil serão entregues posteriormente, em outras etapas, conforme previsto em edital”.

Segundo ele, a quantidade é suficiente para abastecer com segurança a rede de hospitais da capital até a próxima entrega programada. Ainda de acordo com Cláudio Nogueira, mesmo diante da falta do medicamento no mercado, não houve desabastecimento local porque a Cema trabalhou em rede para que os hospitais, incluindo os do interior, que tinham a medicação em estoque, abastecessem as unidades que tiveram estoques comprometidos por conta da alta demanda provocada pelo atendimento de pacientes com Covid-19.

Foto: Divulgação/ SES-AM

As informações são da assessoria