Segundo Guterres, surto não pode se tornar crise de direitos humanos
O secretário-geral da Organização das Nações
Unidas (ONU), António Guterres, disse nesta quinta-feira (23) que o
coronavírus pode dar a alguns países uma desculpa para adotar medidas
repressivas por motivos sem relação com a pandemia. Ele alertou para o risco de
o surto se tornar uma crise de direitos humanos.
Unidas (ONU), António Guterres, disse nesta quinta-feira (23) que o
coronavírus pode dar a alguns países uma desculpa para adotar medidas
repressivas por motivos sem relação com a pandemia. Ele alertou para o risco de
o surto se tornar uma crise de direitos humanos.
Em relatório da ONU, Guterres ressalta como os
direitos humanos deveriam balizar a reação e a recuperação da crise sanitária,
social e econômica que tomou o mundo.
direitos humanos deveriam balizar a reação e a recuperação da crise sanitária,
social e econômica que tomou o mundo.
Acrescentou que embora o vírus não
discrimine, seus impactos o fazem.
discrimine, seus impactos o fazem.
O novo coronavírus, que causa a doença
respiratória covid-19, já infectou cerca de 2,57 milhões de pessoas no
mundo e matou 178.574, de acordo com levantamento da Reuters. O vírus
surgiu na cidade chinesa de Wuhan no fim do ano passado.
respiratória covid-19, já infectou cerca de 2,57 milhões de pessoas no
mundo e matou 178.574, de acordo com levantamento da Reuters. O vírus
surgiu na cidade chinesa de Wuhan no fim do ano passado.
“Vemos os efeitos desproporcionais em
certas comunidades, a ascensão do discurso de ódio, a vitimização de grupos
vulneráveis e os riscos de reações de segurança muito duras, minando a reação
sanitária”, diz Guterres.
certas comunidades, a ascensão do discurso de ódio, a vitimização de grupos
vulneráveis e os riscos de reações de segurança muito duras, minando a reação
sanitária”, diz Guterres.
O relatório da ONU afirma que imigrantes,
refugiados e pessoas deslocadas internamente são particularmente vulneráveis,
que mais de 131 países fecharam as fronteiras e que só 30 abriram exceções para
pedidos de asilo.
refugiados e pessoas deslocadas internamente são particularmente vulneráveis,
que mais de 131 países fecharam as fronteiras e que só 30 abriram exceções para
pedidos de asilo.
“Tendo como pano de fundo a ascensão do
etnonacionalismo, do populismo, do autoritarismo e o repúdio aos direitos
humanos em alguns países, a crise pode oferecer um pretexto para se adotar
medidas repressivas com objetivos sem relação com a pandemia”, disse ele.
“Isso é inaceitável”.
etnonacionalismo, do populismo, do autoritarismo e o repúdio aos direitos
humanos em alguns países, a crise pode oferecer um pretexto para se adotar
medidas repressivas com objetivos sem relação com a pandemia”, disse ele.
“Isso é inaceitável”.
A ONU não citou exemplos específicos dessas
medidas.
medidas.
Guterres pediu que os governos sejam
transparentes e receptivos e assumam responsabilidades e enfatizou que o
espaço cívico e a liberdade de imprensa são críticos. “A melhor reação é
aquela que se manifesta proporcionalmente às ameaças imediatas, protegendo
os direitos humanos e o Estado de Direito”.
transparentes e receptivos e assumam responsabilidades e enfatizou que o
espaço cívico e a liberdade de imprensa são críticos. “A melhor reação é
aquela que se manifesta proporcionalmente às ameaças imediatas, protegendo
os direitos humanos e o Estado de Direito”.
Com os negócios fechados e centenas de milhões
de pessoas orientadas a ficar em casa para evitar a disseminação do vírus,
o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que o mundo sofrerá sua pior retração
desde a Grande Depressão dos anos 1930.
de pessoas orientadas a ficar em casa para evitar a disseminação do vírus,
o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que o mundo sofrerá sua pior retração
desde a Grande Depressão dos anos 1930.
O relatório da ONU diz ainda que a
pandemia está criando novas adversidades que, “se não forem mitigadas,
elevarão a tensão e poderão provocar distúrbios civis”, acrescentando
que isso, por sua vez, pode desencadear uma reação de segurança muito forte.
pandemia está criando novas adversidades que, “se não forem mitigadas,
elevarão a tensão e poderão provocar distúrbios civis”, acrescentando
que isso, por sua vez, pode desencadear uma reação de segurança muito forte.
“Em tudo que fazemos, nunca esqueçamos: a
ameaça é o vírus, não as pessoas”, disse o secretário.
ameaça é o vírus, não as pessoas”, disse o secretário.
Fonte: Agencia Brasil
Foto: Divulgação