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Foto: Jean Beltrão/Rede Amazônica

O nível do Rio Negro chegou a 29,97 metros na manhã deste domingo, 30, alcançando a marca de 2012, quando houve a maior cheia histórica do Amazonas. De acordo com a Prefeitura de Manaus, com o avanço do processo de enchente, o nível deve ultrapassar o recorde em 118 anos nos próximos dias.

Pessoas sendo retiradas de casas ou temendo perder o pouco que já tem, além de ruas e avenidas históricas invadidas pelas águas. Esse é o retrato da cheia histórica que Manaus neste ano.

Famílias atingidas

De acordo com a Defesa Civil, neste ano, cerca de 4 mil famílias foram atingidas pela cheia na capital amazonense. Todos os anos, nesse período, parte dessas pessoas, maioria em situação de vulnerabilidade socioeconômica, são obrigadas a deixar suas casas e buscar abrigo, geralmente, em moradias alugadas.

Para ajudar no aluguel, a prefeitura paga R$ 300 a aproximadamente mil famílias desde 2012, através da Lei Municipal nº 1.666/2012. Segundo a prefeitura, os beneficiários são pessoas que moram em locais considerados de risco pela Defesa Civil ou pessoas que enfrentam situação de calamidade.

Para atender as outras famílias atingidas pela cheia deste ano que não recebem o auxílio aluguel, no último dia 17 de maio, os vereadores da CMM (Câmara Municipal de Manaus) aprovaram a criação do auxílio enchente de R$ 200. O benefício tem previsão de ser pago por dois meses, mas pode ser prorrogado por mais um mês.

De acordo com a prefeitura, a terceira parcela só poderá ser paga se as famílias continuarem a ser afetadas pela cheia dos rios.

Na manhã deste domingo, em visita ao Porto de Manaus, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), anunciou que o pagamento do auxílio enchente, no valor de R$ 200, começará a ser pago na terça-feira, 1, a aproximadamente 4,8 mil famílias atingidas pela cheia na capital amazonense.