TCE

 Casos de
briga de alunos com colegas, desrespeito de professores com funcionários,
ofensas de pais a diretores, entre outros são casos de violência, seja física,
verbal ou psicológica, comuns nas escolas públicas e privadas do Brasil e do Amazonas.
 Em 2018, a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM), divulgou que 902 pessoas sofreram
bullying nas escolas da rede pública. Diante desse cenário, o deputado Roberto
Cidade (PV) apresentou o Projeto de Lei (PL), N. 20/2020, que pretende implantar
técnicas da Justiça Restaurativa para solucionar esses conflitos no ambiente
escolar.
 Para o
autor da propositura, com o uso das técnicas da justiça restaurativa, será
possível resolver situações no próprio ambiente escolar de maneira simples, com
criatividade e sensibilidade, evitando assim, transtornos como sanções e
processos na justiça.
 “Nós
queremos propiciar um ambiente de diálogo para resolver certos conflitos no
ambiente escolar. Teremos assim, uma escola preparada para lidar com situações
como o bullying e desentendimentos entre professores e alunos, e conseguir
resultados positivos, como já acontecem em outros estados”, defendeu.
 A Justiça
Restaurativa baseia-se na Resolução 225, de 31 de maio de 2016, do Conselho
Nacional de Justiça – CNJ, para a solução dos conflitos ocorridos dentro do
ambiente escolar.
 O artigo 2º do PL descreve os procedimentos
restaurativos, entre eles, que a escola dever
á
capacitar os colaboradores para lidar com os conflitos. Como diz o item 4
capacitar colaboradores nas escolas para que
implementem as práticas restaurativas na resolução de conflitos, atuando em
parceria com alunos protagonistas, família, instituições e organizações não
governamentais da sua rede de apoio e outros atores presentes na comunidade;”
 Ainda
segundo o projeto , a escola, através do Núcleo de Práticas Restaurativas,
formadas por professores, funcionários, pais e pessoas da comunidade, todos de
forma voluntária, deverá promover atividades preventivas por meio de palestras,
orientações e informações sobre direito e deveres a pais e alunos, bem como,
apresentar mecanismos e ferramentas com as quais, possam solucionar os
conflitos pacificamente. Todas as práticas serão realizadas na escola e com os
devidos registros e com a necessária autorização dos pais ou responsável legal.
  “O ambiente escolar deve ser um lugar
agradável. Queremos que tanto os alunos, como funcionários, pais e a comunidade
se sintam seguros num ambiente escolar saudável. E somente através do diálogo,
da maneira de tratar o outro que vamos conseguir diminuir os índices de
registros de ocorrência escolar”, disse Cidade.
 A
propositura encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR),
da Assembleia Legislativa do Amazonas, sob a relatoria da deputada Joana Darc
(PL).
Fonte:  Assessoria de Imprensa do Dep. Roberto Cidade
Foto:  Evandro
Seixas