Desde que foi anunciada a inspeção do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) na Prefeitura de Borba, na calha do rio Madeira, para apurar denúncias recorrentes de gastos indevidos, um clima de instabilidade tomou conta dos servidores municipais. Tudo porque o prefeito Simão Peixoto, alvo das investigações, teria espalhado a notícia falsa (fake news) de que, em função da inspeção, ocorrerá demissões de trabalhadores do município.
“Esse prefeito está fazendo terrorismo porque ele sabe que fez coisas erradas e não quer que isso venha à tona. Ele tem medo que as pessoas saibam todas as coisas erradas que ele fez. Agora fica inventando fake news pra fugir da culpa que ele tem”, disse um morador de Borba, que preferiu não se identificar com medo de represálias.
No dia marcado para a chegada dos servidores do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o prefeito liberou os servidores para fazerem uma manifestação nas ruas contra demissões que não existiram e ainda para intimidarem a comitiva. Moradores do município afirmam que a manifestação foi incentivada e promovida pelo próprio prefeito.
A intenção da fiscalização, entre outras coisas, é também proteger os trabalhadores de Borba, que se sentem em instabilidade, e constantemente ameaçados, com medo de a qualquer momento perderem seus empregos por não terem confiança na administração municipal. Ao fiscalizar contratos com possíveis fraudes, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) assegura receita para que os salários sejam pagos e os empregos mantidos.
“A gente sabe que ninguém pode ser demitido nesse período eleitoral. Então, esse prefeito fica inventando histórias pra todo mundo ficar com medo, e assim ele aproveita pra difamar outras pessoas que não tem nada a ver com isso. Não merecemos ter um prefeito assim, que ao invés de nos dar tranquilidade, só pensa nele mesmo”, continuaram os moradores.