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A atriz com os três troféus que
ganhou na premiação do canal Sexy Hot, considerado o “oscar do pornô”
no Brasil – Foto: Iwi Onodera/UOL
Imagem: Foto: Iwi Onodera/UOL
Paulo Sampaio
Colunista do UOL
A premiada atriz pornô Dread Hot,
24 anos, pertence a um dos raros segmentos profissionais que puderam tirar vantagem
do isolamento social imposto pela pandemia do covid-19. Ela diz que, como
camgirl (garota da câmera, que cobra para fazer sexo virtual) triplicou seu
faturamento. “Não tenho dados concretos, mas observo pelo número de
clientes que passaram a entrar por hora. Isso aumentou
extraordinariamente”, afirma.
Com apenas dois anos vendendo
sexo virtual, ela amealhou 837 mil seguidores em seu canal do youtube (QG da
Dread), 657 mil no instagram e 131 mil no twitter. Dread conta que a média que
as moças recebem na plataforma onde ela faz “camming” (se apresenta
virtualmente) é R$ 2,40 por minuto, mas tem de deixar uma porcentagem para o
veiculador. Em geral, ela se apresenta com o marido, o ator Alemão, mas,
dependendo da vontade do freguês, ela aparece sozinha.
Na edição de 2019 do prestigiado
prêmio Sexy Hot, considerado o “o oscar do filme pornô” pela
industria nacional do gênero, Dread ganhou três troféus: “Melhor Cena de
Sexo Oral”; “Melhor Cena Homo Feminina”; “Melhor Atriz
Hétero”.
Fase muito sapatão
Precavida, ela acredita que o
momento é de otimizar o confinamento, já que “uma hora a crise vai
vir”. “Agora tá incrível. Todo mundo fechado em casa, querendo
socializar…o ser humano é sociável, né? Mas se a quarentena se prolongar por muito
tempo, o dinheiro da galera vai acabar…”
Na entrevista abaixo, ela fala
como evoluiu profissionalmente em tão pouco tempo, até chegar a ter uma
produtora de filmes pornô “gourmet” e poder escolher os filmes que
faz, os atores com quem contracena, o figurino, a iluminação, “tudo”.
Embora só tenha contracenado com o marido, ela diz que seu début com outro ator
está para ser gravado. “Era para ser em março, mas adiamos, claro.”
De qualquer maneira, ela diz que está em uma “fase muito sapatão”,
preferindo filmar com mulheres.