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Conhecer Silvio Santos pessoalmente é especial e fica na memória. Afinal, não é todo dia que se está frente a frente com o maior apresentador da TV brasileira. Por isso, o NaTelinha, procurou seis artistas revelados pelo dono do SBT para rem como foi a “primeira vez” deles ao lado do patrão.

De gerações diferentes, Luis Ricardo, Pablo, Mariane Dombrova, Ivo Holanda, Yudi Tamashiro e Celeste Zeminian relembram o primeiro contato que tiveram com Silvio Santos e como o instinto visionário do apresentador os ajudou a emplacar na carreira profissional. Leia abaixo seis depoimentos e saiba como é Silvio Santos na intimidade do ambiente de trabalho.

Luis Ricardo

Pablo (Augusto Rodríguez)

“A primeira vez que vi Silvio foi participando do Show do Gongo [quadro do Programa Silvio Santos, em 1975], em que interpretei Ney Matogrosso e ganhei o primeiro prêmio. Mais ou menos três meses depois, a produção me chamou para participar de outro programa e logo me contratou. Foram quase dez anos no Qual É a Música? e também na produção do Show de Calouros. Silvio era uma pessoa exigente e um grande profissional”.

Mariane Dombrova

“Eu já era contratada quando o Silvio me convidou para ser integrante fixa do Show de Prêmios, uma primeira versão do Jogo dos Pontinhos. Lembro como se fosse hoje: ‘Agora vamos chamá-la aqui, ela que está animando as manhãs do SBT com a criançada. Quero conhecer, estou curioso. Mariane!’. E eu entrei. ‘Tudo bem, Mari?’, e eu disse: ‘Tudo joinha, Silvio!’ (risos). Foi uma emoção tão grande quando ele me apresentou. Um sonho realizado. Mais para a frente, ele quis reestruturar a grade infantil juntando Mariane com Bozo e Mara com Sergio Mallandro. Ele me chamou no camarim e eu tive a grande conversa com ele. ‘O que você achou das mudanças?’, ele perguntou. Eu falei: ‘Silvio, quer saber a verdade? Eu não gostei. Não vai dar certo, porque você pegou apresentadores de perfis diferentes. Já imaginou os dois disputando o espaço? É como colocar você e o Faustão juntos’. Quando falei isso, ele ficou com uma pulga atrás da orelha, ou um elefante. Ele não falou se concordava e gravou o programa Quando cheguei em casa, o diretor me ligou: ‘Mariane, esqueça a junção. Você continua com o seu programa. Não vai haver mudança. Ordem expressa do Silvio’. Acho que a conversa curtiu efeito. Só de pensar que ele ouviu minha opinião foi muito legal”.

Ivo Holanda

“Meu primeiro encontro com o Silvio Santos foi quando eu trabalhava no circo e o Valentino Guzzo me chamou para ir ao Show de Calouros, porque eu já tinha participado de concursos no Programa Raul Gil. Ensaiei O Ébrio, do Vicente Celestino, com o maestro Zezinho. Silvio ficou impressionado, tanto que o Valentino me falou: ‘Volte, mas não cante mais!’ (risos). Geralmente, não tenho muito acesso porque eu só vou ao SBT para gravar. Muitos fãs me perguntam se eu falo muito com o Silvio. Só falo na época de Natal e Ano Novo, quando vou cumprimentá-lo. Gostaria de ir à casa dele para dar um abraço, mas ainda não dá. Estou com uma vontade tremenda de cumprimentar esse homem, que é tudo na minha vida e na de várias pessoas”.

Yudi Tamashiro

“A primeira conversa foi dentro do camarim do Silvio, quando ele nos chamou para dizer por que tinha me escolhido com a Priscilla Alcântara para apresentar o Bom Dia & Cia. Eu era muito novo, e ele soube conversar como criança, soube dar atenção que a criança precisava. Só que quando ele começou a falar de trabalho ele mudou. Ele encarava a criança como mais um profissional. Foi uma das coisas que guardei para minha vida, a hora de separar o pessoal do profissional. Ele perguntou: ‘Está feliz de estar no SBT?’. E eu: ‘Estou muito feliz!’. ‘O que você mais gosta de fazer?’ ‘Gosto de andar de skate!’. ‘Agora vamos falar de trabalho’. e o clima ficou tenso: ‘Eu quero isso de vocês, o programa não vai ser editado, vocês vão ter que se dedicar muito para decorar. Quero a alegria de vocês’. O clima mudou, ficou muito sério. Priscilla ficava em choque. Mas agora, olhando a nossa carreira, ele já falava o que iria acontecer com a gente, e aconteceu. Ele estimulou muito o meu sonho”.

Celeste Zeminian

“Eu tinha 13 para 14 anos quando entrei para o balé da TVS. Fazia aqueles programas musicais, principalmente Show de Prêmios. Algumas telemoças foram escolhidas para o Show de Calouros, e fui uma delas. Ele nunca se colocou distante como se fosse o dono e nós funcionárias. Quanto mais natural fosse, melhor. Ele próprio fazia com que a gente não se vislumbrasse pela pessoa que ele é. Foi maravilhoso, uma experiência única. Havia algumas telemoças para as quais ele pedia ler as cartas. Todas as vezes ele falava: ‘Chama a Celeste porque ela fala bem’. Sempre trabalhei com comunicação, tanto que sou vendedora hoje. Ali foi a minha primeira escola. Ele vende de uma forma muito delicada. Ele é do varejo, mas hipnotiza as pessoas. Você tem vontade de ter o carnê do Baú da Felicidade”.

Fonte: UOL e Na Telinha

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