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Foto: Marcio James - Semcom
Foto: Marcio James - Semcom

O Conselho Regional de Engenharia do Amazonas (CREA-AM) iniciou, nesta quarta-feira (3), a elaboração de um laudo técnico para reparos no complexo viário do Manoa, na Zona Norte de Manaus. A obra foi interditada no dia 1º de janeiro deste ano, um dia após a inauguração, por apresentar falhas na estrutura.

No início deste ano, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (Immu) informou que a interdição no local foi necessária para que seja finalizada a sinalização de divisores de pistas de concreto para separar as pistas nas alças superiores do viaduto.

Em nota, o CREA informou que solicitou documentos da prefeitura sobre a construção da estrutura, e recebeu resposta nessa terça-feira (2). Eles começaram a analisar o material nesta quarta, e devem entregar um laudo técnico com as avaliações até a próxima segunda-feira (8).

“Depois de pronto, o relatório é entregue à prefeitura, para sugerir o tipo de reparo que vai precisar ser feito. O Crea-AM não tem poder de polícia, o Crea sugere e a prefeitura decide acatar ou não”, informou o órgão.

Em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira, o vice-prefeito de Manaus e secretário municipal de infraestrutura, Marcos Rotta, criticou a gestão passada por entregar a obra inacabada, e disse que já está realizando ajustes na estrutura.

“Não precisa ser engenheiro, nem especialista da área para perceber que existe ali um desnível acentuado. Diante desse caso que eleva a insegurança, o prefeito interditou o viaduto para que pudéssemos fazer uma inspeção técnica a respeito não apenas do desvio acentuado, mas também da ausência de sinalização da pista, ausência e supressão dos divisores de pista e problema no encabeçamento no viaduto”, declarou.

A construção do complexo viário Isabel Victoria, no Manoa, teve início em setembro de 2019, e foi anunciada com custo total de R$ 47,1 milhões, segundo a prefeitura. O viaduto foi inaugurado em 31 de dezembro do ano passado, pelo ex-prefeito Arthur Virgílio Neto. Em menos de 24 horas, foi interditada para reparos.

Por meio de edital de licitação, a obra está sendo executada pelo consórcio formado pelas empresas JNasser Engenharia Ltda. e Construtora Soma Ltda., vencedoras da licitação, sob a fiscalização da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).