TCE

Possivelmente, Richard Ríos é o jovem que carrega a maior carga de curiosidade do grupo que representa o Flamengo no Campeonato Carioca. E, na última noite, o colombiano viu os holofotes apontarem para ele quando foi acionado por Maurício Souza, no segundo tempo do clássico contra o Vasco, em pleno Maracanã.


Não é por ser o único estrangeiro do elenco alternativo que Richard é cercado de expectativas. O garoto de 19 anos tem uma trajetória profissional peculiar, já que, até o início de 2019, praticava apenas futsal, e com status de joia, já que era da seleção de seu país e se destacou até em duelo direto com a lenda Falcão, contra o Brasil.


Diante do Vasco, Richard atuou por cerca de 40′, entrando na vaga de Matheus Dantas, que sofreu uma entorse no tornozelo. Hugo Moura passou a atuar na zaga e a permitir que o Ríos tivesse a liberdade de fazer a transição defesa-ataque. Ainda tímido e na fase de adaptação quanto a posicionamento, foi burocrático, embora tenha exibido o seu potencial técnico, de toques curtos.

Mauricinho o elogiou e o “apresentou” à Nação, logo após a vitória por 1 a 0, no primeiro jogo da promessa pela equipe profissional.

– Até o início do ano passado, jogava futsal na seleção da Colômbia. A princípio, clube trouxe para um processo de avaliação. É um jogador inteligente, de boa técnica. Assim que teve condições no sub-20, conquistou uma vaga. Teve oscilação natural, pois está se adaptando a este piso, o campo, mas é muito versátil, pode atuar nas três posições do meio, tanto que hoje (quarta) o usei como segundo volante, depois com liberdade para ir à área.


Ao todo, foram dois meses de adaptação ao futebol de campo, no Ninho do Urubu, até ter o desempenho aprovado – que culminou em vínculo assinado até o fim deste ano. À Fla TV, recentemente, ele falou sobre os ajustes no terreno e a chance de brilhar no Rubro-Negro.

– A princípio, jogava futsal pela minha altura. Eu não era muito alto. Então, no meu caso, jogava apenas futsal. Joguei na seleção sub-18 quando tinha 16 anos. Quando tinha 18, defendia a principal, com a qual vim para enfrentar a Seleção Brasileira (em dezembro de 2018), e foi quando o Flamengo me trouxe. E agora estou aqui, jogando pelo campeão da Libertadores, um clube gigante em todos os aspectos.

Por fim, contou sobre o “entrosamento” com o técnico.

– Eu me entendo muito bem com o Maurício (Souza) pois ele veio do futsal. E ele me entende bem também. Ele pede para eu jogar rápido no meio, com um, dois toques sempre, é o que me cobra mais.

É provável que Richard, sobretudo pela sublinhada versatilidade e moral com o treinador, tenha outras oportunidades na Taça Guanabara. A próxima pode ser já neste sábado, quando o Flamengo recebe o Volta Redonda, às 18h.

  • por Lance