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 Dedé Santana, assim como boa parte do meio
artístico, foi pego de surpresa com a notícia de que Renato Aragão deixaria a
Globo após 44 anos de trabalho. “Eles não podiam ter feito isso com ele.
Achei uma injustiça”, afirma o ex-Trapalhão, atualmente com 84 anos e
também sem contrato com a emissora. “Também tenho trabalhado por
obra.”.
 Para o humorista, a saída do intérprete de
Didi não foi a melhor solução encontrada pela Globo. “Eles poderiam renegociar
o trabalho. Mas não dá para abrir mão de nomes como Renato Aragão e outros
artistas que ajudaram a construir a emissora, como Tarcisio Meira”, diz.
“A Globo deveria nos dar um contrato vitalício.”.
 O ator considera que os artistas mais velhos
não têm o respeito que merecem. “Lembro de um dia conversar com o Flávio
Migliaccio e ele me dizer o quanto era difícil estar contratado por uma
emissora e ainda assim ter de correr atrás de trabalho”, conta. “E o
Renato fez muita coisa importante. Ele tem o mérito dele.”.
 O humorista acha que a saída de Renato Aragão
da Globo terá consequências também em sua vida. “A minha segurança de
estar na Globo era ele. Ele me chamava para todo projeto que ele fazia ou
participava”, conta Dedé, que atualmente trabalha como embaixador do circo
no Brasil e tem ligado para artistas circenses para monitorar a situação em
tempos de pandemia.
 O ator, no entanto, ainda não teve tempo de
falar com o colega. “Moro em Itajaí, em Santa Catarina, e, por causa do
ciclone, minha casa teve uma parte destelhada e fiquei sem internet. Pretendo
falar com ele hoje”, afirma, Dedé, tinha um projeto com Didi. “Queria
fazer um seriado mostrando como estaríamos nos dias de hoje. Mas o Renato tem
sempre uma carta na manga, pode ter certeza disso.”
Fonte: Portal UOL
Foto: Divulgação