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Nos últimos meses, a proteção da floresta Amazônica ganhou ainda mais a atenção mundial após a divulgação de um estudo da revista científica Nature sobre a exposição a fatores de degradação que pode levar a um ponto de não retorno em quase metade de sua área, desencadeando uma transformação no ecossistema. Outro documento, do Instituto Potsdam, aponta para a perda de reservas de umidade da floresta, que potencializará o aumento das secas nas próximas décadas. Proteger a maior floresta do mundo nunca foi tão importante para o planeta.

Muito além do conhecido título de pulmão do mundo, a Amazônia desempenha um papel fundamental na regulação do clima e das chuvas, na manutenção da biodiversidade, no armazenamento de carbono e para o equilíbrio da temperatura do planeta, o que a torna protagonista no combate às mudanças climáticas.

Entre as principais ações para mudar esse caminho que se desenha para a floresta Amazônica está o combate ao desmatamento ilegal e a sua degradação, além do aumento de ações de restauração. Governos estaduais, federal e de outros países, cientistas e especialistas, iniciativa privada e ONGs, fundos, entre outros agentes, atuam para mudar esse cenário.

O papel e a conscientização do consumidor

Mas esse trabalho não pode apenas ser tratado nas esferas executivas. Esse é um assunto em que todos podem ajudar. Os consumidores, por exemplo, também tem papel fundamental na preservação da floresta. Atitudes como praticar o consumo consciente, usando produtos onde a matéria-prima seja comprovadamente de empresas que garantam que a origem não seja de desmatamento ilegal, é um bom começo.

Outra boa conduta está na decisão dos materiais para construir a casa. O aço e o concreto usam minérios na sua composição, que além de não serem renováveis, geram impactos ambientais quando removidos do solo, como o desmatamento. O plástico também tem, em sua maioria, origem ligada à poluição ambiental, além de gerar impactos no seu descarte.

Por outro lado, a madeira legal, material muito usado na construção de casas e na decoração dos interiores, traz inúmeros benefícios, como a própria preservação da floresta, essencial para a sua recuperação. Inicialmente, isso soa contraditório, mas não é. Quando o consumidor compra um produto de madeira certificada de manejo florestal legal ele está contribuindo para proteger a floresta amazônica.

 

Fábrica de madeiras certificadas com origem em manejo florestal legal localizada no Pará

Existem alguns diferenciais importantes que o consumidor precisa ter em mente para fugir dos mitos do uso da madeira. Quando a extração é feita de forma legal e certificada:

Não destrói a floresta – o corte é realizado apenas em áreas e nas quantidades autorizadas pelos órgãos responsáveis que indicam quais árvores poderão ser utilizadas comercialmente. A extração é dividida em áreas com dezenas de ciclos anuais, respeitando a maturação da natureza e dando tempo para a mata se recompor.

Promove a renovação florestal – normalmente são retiradas as espécies mais antigas, proporcionando espaço para mais novas crescerem, respeitando os ciclos naturais da floresta e a fase de crescimento das árvores. Uma prova dessa ação acontece, depois de vários anos, quando a operação volta na primeira área certificada, e verifica que as estradas construídas desapareceram.

Combate os efeitos das mudanças climáticas – as árvores mais novas que ganham espaço para crescer absorvem mais carbono da atmosfera que as antigas.
Protege a floresta do desmatamento – apenas uma pequena fração da área é usada para esse trabalho autorizado, sendo que a maior parte continua protegida. A atividade é boa para a manutenção da floresta em pé, uma vez que as áreas de manejo florestal sustentável atuam como barreiras naturais contra o avanço do desmatamento ilegal e predatório, ajudando a proteger ecossistemas vulneráveis e a conservar a biodiversidade.

É socialmente justa, pois cria empregos e contribui na geração de renda de milhares de famílias das comunidades florestais. A atividade madeireira legal pode ajudar a combater a pobreza na região, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida. Vale lembrar que a Amazônia Legal é composta por nove estados brasileiros, onde a maioria dos 28 milhões de habitantes vive em baixo índice de desenvolvimento humano. No Brasil, estima-se que a produção de madeira legal emprega cerca de 1 milhão de pessoas e movimenta mais de US$ 3 bilhões por ano.

Um bom exemplo dessa contribuição acontece em um distrito de Belém. A CRAS Madeira, empresa brasileira que comercializa espécies nativas como ipê, Maçaranduba, Jatobá, Cumaru, Tauari, Angelim-Pedra, retira a madeira de uma área autorizada de aproximadamente 10 mil hectares no estado, que acaba incentivando a proteção de mais de 250 mil hectares de floresta em pé, impedindo o desmatamento da Amazônia. E esse volume vem aumentando, o número é 25% maior que o apresentado no ano anterior. Para ilustrar o tamanho da contribuição, a área contemplada daria para cobrir de verde duas cidades inteiras do tamanho do Rio de Janeiro.

No caso da CRAS Madeira, a indústria é certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council) e todas as operações são monitoradas pelo IBAMA, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). O produto final conta com a certificação de cadeia de custódia, que garante que a matéria-prima vem de florestas certificadas ou de origem controlada e que a extração é realizada por um empreendimento florestal também certificado. Todo o percurso da madeira é rastreado até chegar ao consumidor, controlando toda a cadeia produtiva.

 

E é exatamente no final da cadeira que está outra ação importante do consumidor para ajudar a proteger a floresta, mesmo estando quilômetros de distância dela. Em toda compra de produtos de madeira, é fundamental solicitar os documentos que indicam a rastreabilidade e comprovam a origem da madeira, garantindo que o produto foi gerado através de práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e econômico. No varejo ou no atacado, tanto consumidor final pessoa física quanto jurídica – como arquitetos e empresas de construção civil – precisam exigir que a nota fiscal traga o DOF (documento de origem florestal) ou o GF (guia florestal). O consumidor que não solicita essa informação pode estar comprando um produto que tem origem duvidosa, contribuindo para o desmatamento ilegal.

Sobre a CRAS Brasil

Fundada em 2011, a CRAS BRASIL atua na originação, industrialização e comercialização de commodities agrícolas: agronegócio (processamento de amendoim), madeiras beneficiadas e certificadas e trading (soja, milho, glicerina). Atualmente, possui quatro unidades de negócios: CRAS Agro, CRAS Madeira, CRAS Energia e CRAS Trading.

A CRAS Agro é líder brasileira na exportação de óleo de amendoim e possui destacada participação na venda de farelo de amendoim para nutrição animal no mercado interno, além de atuar com farelo e óleo de soja. A CRAS Madeira opera com madeiras provenientes de manejo sustentável e certificadas FSC®, exportando e comercializando no varejo nacional diversas espécies, como: Ipê, Garapa, Tauari, Itaúba, Jatobá, Maçaranduba. A CRAS Brasil ainda possui unidades de energia e venda de glicerina bruta, refinada e sebo bovino.

Sua matriz está localizada em Petrópolis (RJ) e possui empresas nas cidades de São Paulo (SP), Itaju (SP), Belém (PA), Cascavel (PR), Rio Verde (GO), Pequim (China) e Miami (FL, EUA). A loja da CRAS Madeira voltada para o varejo e o centro de distribuição nacional estão localizados em Itaipava (RJ).

 

Fonte: Cras

Foto: Divulgação