O rapper Sean “Diddy” Combs foi considerado culpado por duas acusações de transporte de pessoas para fins de prostituição, mas acabou sendo absolvido das denúncias mais graves de tráfico sexual e associação criminosa. O veredito foi divulgado nesta terça-feira (2), após semanas de julgamento em um tribunal federal de Nova York.
O processo reuniu acusações de que Diddy teria mantido, ao longo dos anos, uma rede de abuso, coerção e exploração envolvendo mulheres com quem se relacionava. A principal testemunha do caso foi a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que detalhou episódios de violência e obrigatoriedade em participar de encontros sexuais promovidos por ele.
Mesmo com a decisão do júri de absolvê-lo das acusações mais severas, a condenação por violação da chamada “Lei Mann”, que proíbe o transporte interestadual de pessoas para fins de prostituição, pode render até 20 anos de prisão. A defesa do rapper minimizou as acusações, alegando que os relacionamentos eram consensuais e que não havia crime envolvido.
Diddy permanece preso em Nova York, mas sua equipe jurídica solicitou liberdade sob fiança, com restrições de deslocamento. A data da sentença ainda não foi definida. Além do processo criminal, o artista responde a dezenas de ações civis relacionadas a abusos e condutas semelhantes, o que pode prolongar as batalhas judiciais pelos próximos meses.


