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O motorista do Porsche Fernando Sastre Filho e os amigos dele consumiram oito drinks de uísque com licor e uma caipirinha antes do acidente que deixou um motorista de aplicativo morto, na zona leste de São Paulo.

De acordo com a comanda da mesa do restaurante onde Fernando e os amigos estavam, o grupo ficou seis horas no local e gastou mais de R$ 600.

O drinque que mais pediram é feito com uísque, licor, xarope de limão e angostura. Após saírem do restaurante, o dona da Porsche e os amigos foram para a casa de poker.

A batida que causou a morte de do motorista de aplicativo Orlando da Silva Viana aconteceu depois que Fernando saiu da casa de poker.

A polícia analisa a comanda e vídeos para saber se Fernando bebeu nos estabelecimentos. Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo de Fernado, que estava no banco do passageiro e ficou gravemente ferido no acidente, prestou depoimento à polícia horas antes de receber alta.

No dia 8 de abril, pela segunda vez, a Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva para Fernando Sastre.

O pedido de prisão foi feito pela polícia e pelo Ministério Público que alegaram que o motorista do Porsche poderia coagir testemunhas e fugir do País.

Porém, a Justiça de São argumentou que Fernando se apresentou na delegacia após o acidente, tem endereço fixo, trabalha e não tem antecedentes criminais.

Apesar do pedido de prisão ter sido negado, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da primeira Vara do júri, impôs, no entanto, algumas medidas cautelares a Fernando:
Pagamento de fiança de R$ 500 mil em até 48 horas para garantir uma eventual reparação futura ao amigo ferido e à família de Ornaldo Viana, que morreu;
Suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Proibição de sair da cidade por mais de oito dias;
Apreensão do passaporte;
Não pode se aproximar de Marcus Rocha, o amigo e sobrevivente do acidente, nem de testemunhas e familiares por no mínimo 500 metros de distância;
Entrega do celular.

Fonte:R7