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Durante a reforma de uma casa, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA) em 9 de maio de 2016, o achado de um caixão misterioso no chão da garagem causou surpresa e comoção na cidade.

Pelo vidro do caixão, feito de chumbo e bronze, os operários viram o corpo de uma criança de mais ou menos 3 anos de idade, em perfeito estado de conservação.

Quando os operários viram através do vidro, notaram que a garotinha estava vestida de branco, segurando flores roxa, com rosário e sementes de eucalipto. O cabelo era adornado com uma rosa e havia também folhas de eucaliptos nas laterais exalando forte cheiro de lavanda, mas não havia dados sobre como ela havia morrido.

A dona da casa  Ericka Karner, na época, disse que até podia esperar pelas descobertas na casa, que havia sido construída em 1936, porque conhecia a história da região. A área é o distrito de Richmond, onde havia vários cemitérios no final do século 19. A partir da expansão da cidade, houve a prioridade para a construção de residências e os mortos foram levados para outros lugares.

“Em primeiro lugar, fiquei chocada, obviamente, ao saber que havia um caixão de uma menina debaixo da casa”, disse Ericka ao jornal americano Los Angeles Times.

 

145 anos

A criança ganhou o Miranda Eve e houve até uma segunda cerimônia para enterrá-la, com a presença de mais de 100 pessoas.

Depois de investigação feitas por voluntários estudando 29.982 registros de enterros, comparando mapas de 1870 com 2017, analisando registros de um cemitério inexistente, rastreando árvores genealógicas e análises de DNA, descobriram que “Miranda Eve” se chamou Edith Howard Cook, nascida em 28 de novembro de 1873 e morta em 13 de outubro de 1876.

A menina morreu de marasmo, uma forma crônica de desnutrição e ela havia sido enterrada no cemitério Odd Fellows, que foi desativado, no distrito de Richmond em San Francisco.

Notícias de jornais locais mostraram o caixão hermeticamente vedado, o que justifica o fato do corpo estar bem conservado.

Ericka foi informada pelas autoridades locais que a responsabilidade pelo achado seria dela mesma, já que o caixão havia sido encontrado em seu terreno. Então decidiu procurar uma ONG que dava apoio a esses tipo de situação.Com essa ajuda, foi possível dar uma nova lápide à menina, que no dia 4 de julho de 2016 foi novamente enterrada, agora no cemitério de Greenland Memorial Park em Colma, Califórnia.