TCE

 O presidente da República em exercício,
Hamilton Mourão, afirmou hoje (10) que Jair Bolsonaro é quem vai tomar a
decisão sobre a proposta de um novo imposto sobre transações financeiras, que
vem sendo comparado à antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação
Financeira (CPMF), criada no governo de Fernando Henrique Cardoso e
posteriormente extinta.
 “É uma ideia que o governo tem, eu
conversei com o professor Marcos Cintra [secretário especial da Receita
Federal], mas não foi apresentado ao presidente ainda, e quem decide é o
presidente”, disse Mourão.
 Se a ideia for acolhida por Bolsonaro, o novo
imposto seria incluído no projeto de reforma tributária que o governo
encaminhará em breve ao Congresso Nacional. Como contrapartida, seria proposta
a redução na tributação sobre a folha de pagamentos, como forma de estimular
maior geração de empregos, já que as contratações poderiam ser barateadas.
Apesar de ter registrado queda nos últimos meses, a taxa de desemprego no Brasil
ainda é de 11,8%, atingindo cerca de 12,6 milhões de pessoas, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 Orçamento

 Hamilton Mourão também comentou os impactos da
redução do orçamento para 2020. Segundo ele, apesar da redução, haverá maior
previsibilidade de recursos. “Ano que vem não haverá contingenciamento
porque o financeiro vai acompanhar a dotação. Nós vamos ter menos recursos, mas
a gente já sabe que, desde o começo do ano, vai ter aquele recurso”,
disse.
 Para Mourão, o país viverá dois anos de ajuste
fiscal para organizar as contas públicas. “Esses dois primeiros anos de
governo é para reorganizar a crise fiscal que o Brasil passa. Essa crise, ela
tem características muito claras, porque nós temos uma quantidade de despesa
obrigatória muito grande e a gente tem que tentar reverter isso daí”,
acrescentou.

 Gripen

 O vice-presidente, que comanda o governo até a
próxima quinta (12), também comentou a entrega, hoje, do primeiro dos 36 caças
Gripen comprados pelo governo brasileiro em 2014 para reequipar a frota da
Aeronáutica. As aerovanes foram adquiridas da empresa sueca Saab e contam com
uma parceria de transferência de tecnologia entre os dois países.
 “É um modelo que tem características
nossas, que nós colocamos, inclusive com isso os suecos também evoluíram um
modelo deles. É um modelo para dois pilotos, esse modelo F, que vai o piloto e
o bombardeiro, então é um grande avanço para a nossa Força Aérea”, disse.
Fonte:
Agência Brasil
Foto: Antônio
Cruz