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Atuação simultânea pode contribuir para sucesso do tratamento dedicado a salvar vidas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem com depressão ao redor do mundo. Outros 260 milhões, com ansiedade. Só no Brasil são 12 milhões de depressivos e outros 18,6 milhões de ansiosos. Isso dá, respectivamente, 7% e 11% da população adulta, com mais de 15 anos. Os números são alarmantes. Segundo o Ministério da Saúde, o suicídio é a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Setembro foi escolhido o mês de prevenção ao suicídio devido a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a importância do tratamento de doenças mentais e problemas psicológicos, de falar sobre o tema e de quebrar o tabu que envolve o assunto.

E quando se trata de tratamento, a abordagem de uma equipe multidisciplinar em saúde mental é uma estratégia importante para o enfrentamento de situações complexas de saúde. Um trabalho em conjunto realizado por diferentes profissionais aumenta as chances de compreender os motivos que levam a pessoa a configurar um quadro de depressão e atenuar os sintomas, por exemplo. São eles os responsáveis por criarem espaços de suporte e apoio ao paciente, em diversos casos até no âmbito familiar.

A coordenadora de Psicologia da Estácio, Flávia Bueno, relata o aumento na busca por atendimento durante a pandemia e a importância do atendimento. “Neste momento de pandemia e com o mês de Setembro Amarelo, notamos o aumento de atendimento de pessoas, que buscam auxílio psicológico para tratar sintomas de tristeza extrema após luto, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e resoluções para casais e casos individuais. A intenção do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) é dar suporte gratuito à comunidade em geral, que não tem acesso a estes serviços na rede particular. Temos obtido muito sucesso com os pacientes, que relatam melhoria na saúde física e mental após o atendimento conosco”, avalia Flávia Bueno.

Piora

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos para o Fórum Econômico Mundial com 30 países, divulgada em abril, o Brasil é o quinto país onde os entrevistados mais sentiram uma piora na saúde mental no último ano: 53% dos entrevistados por aqui afirmaram que sua saúde mental mudou para pior desde março do ano passado. Um levantamento publicado pela OMS, em 2020, indicou que 93% dos serviços de saúde mental no mundo foram prejudicados ou interrompidos por conta da pandemia. Isso criou uma janela de oportunidade inédita para terapias online.

 

Isolamento

A pandemia trouxe a necessidade do isolamento social. Neste contexto, queixas relacionadas à qualidade de vida, relações intrafamiliares, problemas de aprendizagem e sofrimento em saúde mental surgiram com intensidade. O desgaste emocional tem como consequência reações como a ansiedade que todo ser humano vivencia, ela é uma resposta natural do cérebro frente a alguma situação de desafio, e mesmo sendo uma reação natural do corpo o cérebro carece procurar por algum mecanismo de defesa para administrá-la.

Para Rockson Pessoa, neuropsicólogo e professor da Faculdade Martha Falcão (FMF), o momento é atípico e cabe ao cidadão a busca pela adaptação, seja de forma natural ou por auxílio psicológico. “Muito pela questão da restrição social, do isolamento, muitos quadros, muitos transtornos surgiram neste período. E essa manifestação é natural, visto que  o período é propício, é esperado, não tem como não ser diferente. O ponto que deve ser avaliado é o momento de retomada, e cabe aos indivíduos, buscar formas de adaptação, de garantir a sua saúde psicológica, ou seja, das diversas maneiras possíveis, como apoio social , psicoterapia. É importante que o sujeito busque a sua auto regulação, essa ajuda psicológica para que passe por esse período”, declara o professor.

Algumas iniciativas em saúde mental são um esforço em aproximar diferentes sistemas e setores da sociedade, com a finalidade de acolher o paciente e ainda a capacidade de promover um trabalho multidisciplinar comprometido com a situação de risco do paciente, considerando seu contexto de vida. Em muitos casos, ainda pode ser recomendado o acompanhamento de outros profissionais. Terapias ocupacionais, cuidados com a alimentação, e a prática de atividades físicas, também podem gerar um mecanismo capaz eficiente para a diminuição da tensão nos pacientes.

 

Atendimento 

A Estácio, por meio do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por atendimentos presencial e on-line, das 8h às 21h, de segunda à sexta-feira, conforme agendamento feito pelo telefone 92.98553-8794.

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Universidade Estácio de Sá

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