Os corpos de duas meninas que morreram nas enchentes que atingiram o Texas, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (4), foram encontrados de mãos dadas a cerca de 25 km de onde desapareceram, segundo a família.
Blair e Brooke Harber, de 13 e 11 anos, eram irmãs e passavam o feriado de 4 julho (Independência dos EUA) com os país e os avós em uma casa de veraneio dentro de um condomínio às margens do Rio Guadalupe, na cidade de Hunt.
Na madrugada de sexta, chuvas torrenciais fizeram o nível do rio subir de 2,1 metros para 8,8 metros em apenas duas horas. Mais de cem pessoas morreram e dezenas continuam desaparecidas, segundo balanço divulgado pelas autoridades locais na segunda (7).
A tia das meninas, Jennifer, contou ao canal local KHOU 11, afiliado da rede CBS News, que o país das meninas, R.J., acordou por volta das 3h30 com a casa já alagada. Blair e Brooke, junto com os avós Mike e Charlene, estavam em uma cabana próxima ao rio. Os avós continuavam desaparecidos até segunda-feira.
Tragédia em acampamento
A poucos quilômetros dali, o acampamento de meninas Camp Mystic, localizado às margens do Rio Guadalupe, foi completamente destruído pela enchente. O local recebia cerca de 750 meninas, de 8 a 17 anos. As autoridades disseram que 27 delas e uma monitora morreram.
Dez meninas e uma monitora ainda estão desaparecidas. O Camp Mystic, fundado em 1926, era popular e tinha até lista de espera. As meninas participavam de atividades como dança, esportes e passeios a cavalo.
Dimensão do desastre
As enchentes atingiram seis condados do Texas. O condado de Kerr, onde ficam a cidade de Hunt e o acampamento Camp Mystic, foi o mais afetado, com mais de 80 mortes registradas ao todo.
No total, o estado contabiliza ao menos 41 desaparecidos, segundo o governador Greg Abbott, que classificou o evento como uma das piores inundações da história recente do Texas.
As chuvas torrenciais que desencadearam a tragédia foram descritas como um evento extremo pelo NWS (Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA). Em poucas horas, o volume de água transformou o Rio Guadalupe em uma força destrutiva, arrastando casas, veículos e vidas.
Fonte: R7


