Falta de iluminação artificial obrigou o clube de Diadema a mandar os jogos decisivos no Estadual em outros estádios; ida da decisão será jogada na Arena Barueri
Assim como foi na semifinal, o Água Santa não vai poder jogar na própria casa na primeira partida da final do Paulistão, contra o Palmeiras, no próximo domingo, dia 2 de abril.
O jogo da ida, de mando da equipe de Diadema, será disputado na Arena Barueri, na Grande São Paulo. O estádio tem capacidade para mais de 30 mil torcedores e geralmente recebe jogos do Oeste, clube da segunda divisão do estadual.
A casa dos Aquáticos, o estádio Distrital do Inamar, fica a cerca de 55 km de distância do palco da final e mais uma vez não poderá ser usado.
Júlio Rondinelli, executivo de futebol do Água Santa, explica que a falta de iluminação artificial e outros problemas estruturais vetam o uso do estádio em Diadema.
“Nós não temos capacidade [de receber a final]. Nosso estádio não tem iluminação e não dá para atender à exigência da televisão que muitas vezes põe os jogos em horário nobre ou no domingo às 16h. Para que acontecesse o jogo aqui no Inamar, ele teria que ser às 15h, enquanto você teria iluminação natural durante o jogo”, explica o profissional do futebol.
Os dois jogos da final do estadual também marcam os últimos jogos do time na temporada 2023, já que o Água Santa optou por não participar da Copa Paulista, visando “mudanças estruturais e tecnológicas” na agremiação, que envolvem reparos no Inamar.
O clube promete realizar reformas no estádio, que envolvem a instalação de refletores, e a previsão é que a partir de 2024, quando o clube disputa a Série D e a Copa do Brasil, possa receber jogos noturnos.
Na semifinal, contra o Red Bull Bragantino, o Água optou por jogar na Vila Belmiro, em Santos. Apesar da distância até a baixada, de cerca de 55 km, a partida recebeu 11.507 torcedores e gerou uma renda de R$ 373.290,00.
Após a histórica classificação para a final, o técnico Thiago Carpini revelou que caso pudesse escolher mandaria o jogo novamente na casa do Santos.
“Se pudesse jogar na nossa casa, seria perfeito, mas não podemos. A Vila me lembra bom futebol, alegria. Tem uma mística de um bom jogo de futebol. É a casa do Santos, gosto disso. Se puder jogar aqui sempre, excelente”, disse o treinador.
Apesar disso, a Arena Barueri, que até o momento não tinha recebido nenhum jogo da divisão de elite do Estadual, vai fazer sua estreia logo na decisão.
O diretor do Água Santa explica que a decisão pelo estádio se deu por conta da capacidade de público, que possibilita maior renda e mais torcedores dos dois times no jogo.
“A capacidade de público. A distância de Santos e Barueri para Diadema é semelhante, mas a capacidade de público da arena em Barueri vai atender de uma melhor forma. Envolve a renda, a torcida gigante do Palmeiras, a nossa também vai estar em presente em grande número, e conseguiremos proporcionar ao torcedor um grande evento, uma final digna de Paulistão.”
Na fase anterior, o Netuno conseguiu o maior público de sua história. Agora, na grande final, a expectativa é que o recorde seja batido com certa facilidade, visto a capacidade do estádio, a mobilização das torcidas organizadas do Água Santa e o natural interesse do torcedor palmeirense em ir ao jogo.
Fonte: R7
Foto: Divulgação