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‘Era um anjo na Terra’: amigos se revoltam com assassinato brutal de psicólogo em Manaus

Amigos e conhecidos descrevem o psicólogo Silvestre Falcão Santana como uma pessoa íntegra, dedicada e profundamente comprometida com o bem-estar dos outros — especialmente daqueles que enfrentavam desafios com dependência química.

Silvestre, de 56 anos, era responsável por uma comunidade terapêutica na cidade da Serra, no Espírito Santo, onde se dedicava a acolher e oferecer tratamento a quem buscava reabilitação. Ao longo dos anos, construiu um forte vínculo com seus pacientes, muitos dos quais acompanhou desde a adolescência.

Segundo quem o conhecia de perto, ele era mais do que um profissional: era um mentor e amigo. Prestativo, paciente e generoso, ajudou pessoas em situação de vulnerabilidade a reconstruírem suas vidas. Para muitos, ele era uma referência ética e afetiva, alguém que não media esforços para estender apoio — inclusive ajudando ex-pacientes com aluguel, trabalho e apoio emocional.

A história chocante do seu assassinato — cometido por um jovem de 21 anos que Silvestre acompanhava desde a infância — causou profunda comoção. O rapaz, que havia passado por internações e prisões e se hospedado na comunidade terapêutica para tratamento, estava em liberdade condicional e voltou a procurar ajuda com Silvestre. O psicólogo chegou a pagar seu primeiro aluguel e o ajudou a conseguir emprego.

Fiel à sua natureza altruísta, Silvestre confiava tanto naquele rapaz que permitiu sua entrada em espaços pessoais, acreditando no valor de seu trabalho de reinserção social. Essa confiança, infelizmente, foi correspondida de forma trágica. O jovem acabou cometendo o crime, sem demonstrar arrependimento—apesar do longo histórico de acolhimento que recebeu.

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