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Espetáculo amazonense “Verde Cinza” emociona e conscientiza mais de 1.800 crianças em Manaus

Projeto promove inclusão, arte e educação ambiental com apresentações para escolas públicas e instituições especializadas no atendimento ao público neurodivergente

Manaus viveu, na última semana, uma verdadeira imersão artística e ambiental com o espetáculo “Verde Cinza”, um projeto que levou arte, emoção e conscientização para mais de 1.800 crianças, entre alunos da rede pública e grupos de instituições que atendem crianças com deficiência e neurodivergência, incluindo o público dentro do espectro autista.

Idealizado por Gabi Segadilha e dirigido por Hanna Vilaça, o espetáculo mescla dança e teatro para abordar, de forma lúdica e acessível, um tema urgente: o impacto das queimadas na Amazônia. Com uma proposta sensorialmente leve, a montagem foi cuidadosamente pensada para garantir a inclusão de todos os públicos, com atenção especial a crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), síndrome de Down e mobilidade reduzida.

“Nossa meta era promover uma conscientização ambiental por meio da arte, mas de um jeito que abraçasse todas as crianças, independentemente de suas condições de aprendizagem ou percepção sensorial”, destaca Hanna Vilaça. “Tivemos o cuidado de criar um espetáculo com linguagem acessível, cores suaves e estímulos controlados, para que o público dentro do espectro autista também pudesse viver essa experiência com conforto e alegria.”

Acolhimento e inclusão: um espetáculo para todos

Na estreia do Verde Cinza, o público pôde assistir às apresentações ao ar livre, no Teatro do Parque Municipal do Mindu, com a participação de instituições como Casa Azul Amazônia, Lar de Vitórias e o projeto Amigo Anjo, que atendem crianças com deficiência e neurodivergências. Crianças com autismo, síndrome de Down e cadeirantes participaram ativamente, interagindo com os personagens e reagindo de forma espontânea à narrativa.

Ao longo da semana, o projeto seguiu com apresentações exclusivas dentro de escolas da rede pública de Manaus, ampliando o alcance e levando a mensagem ambiental para milhares de alunos.

Gabi Segadilha, idealizadora do projeto, destaca o impacto social das ações. “As manhãs com o Verde Cinza foram muito, muito gostosas. Ao todo, seis diferentes grupos aceitaram meu convite para participar do projeto. Diversas famílias, crianças e, sobretudo, as equipes social e pedagógica foram contempladas com essa manhã de arte, cultura, dança e muito aprendizado sobre o meio ambiente. No final de cada apresentação, os representantes vinham até mim para agradecer pela oportunidade. Esse retorno aquece nosso coração e nos lembra da missão que temos como artistas.”

Além de alunos da rede pública, o projeto contou com a presença de instituições como a Escola de Surdos do Amazonas (Augusto Carneiro), o projeto Amigo Anjo, o próprio Lar de Vitórias e a Casa Azul Amazônia, que participaram como público convidado nas apresentações. A Escola de Surdos do Amazonas, Augusto Carneiro, Escola Estadual Diofanto Vieira Monteiro, Escola Estadual Manoel Marçal de Araújo também participaram do espetáculo.

“Ver o brilho nos olhos dessas crianças, principalmente daquelas que muitas vezes não têm acesso a atividades culturais, foi uma realização pessoal e coletiva. Temos pessoas na nossa equipe que vivem esse universo colorido da neurodivergência e sabem o quanto é importante criar espaços seguros e afetuosos como esse”, finaliza Hanna Vilaça.

Nova apresentação: dia 19 de julho na Casa Azul Amazônia

Diante da excelente resposta do público, o espetáculo “Verde Cinza” terá uma nova apresentação no dia 19 de julho (sábado), às 19h, na Casa Azul Amazônia, a convite da Associação Lar de Vitórias.

📍 Endereço: Rua Luzia Contente, 92 – Dom Pedro, Manaus – AM
⏰ horário do evento: 19h

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