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Uma grande explosão foi vista nesta terça-feira, 4, em Beirute, capital do Líbano. De acordo com o jornal israelense Haaretz, a explosão teria acontecido em uma fábrica de fogos de artifícios, mas segundo a agência de notícias Reuters, o local era um depósito de explosivos. Ainda não há informações oficiais sobre mortos e feridos, e nem sobre o que causou a tragédia.


Segundo o jornal libanês The Daily Star, há dezenas de vítimas fatais e centenas de pessoas machucadas. Em declaração à rede televisiva libanesa LBCI, o ministro da Saúde do país disse à emissora que havia um “número muito alto” de feridos e uma grande quantidade de danos. A emissora de televisão Al Mayadeen disse que centenas de pessoas ficaram feridas.
Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ouvir um forte barulho, seguido por uma nuvem de fumaça que lembra o formato de cogumelo — comum em situações em que há explosão de bombas. A explosão mais forte parece ter acontecido depois de uma outra, mais fraca, que já chamava a atenção das pessoas, que começaram a filmá-la.
Há relatos também de danos causados em prédios vizinhos ao local que fica localizado na zona portuária da cidade e de caos nas ruas da região central. Segundo a rede televisiva libanesa LBCI, foi registrado danos na residência do ex-primeiro-ministro Saad Hariri, que fica no centro de Beirute.
A tragédia acontece num momento em que o país passa por uma crise econômica sem precedentes. Com uma dívida que chega a 170% do PIB, o governo não tem mais recursos nem para pagar as suas próprias contas de energia, telefone e internet.
Como resultado, as operadoras de celular reduziram a velocidade de conexão em vários lugares onde há repartições públicas. Também acabou o dinheiro para importar o combustível que gera a eletricidade. Resultado: boa parte das cidades está às escuras.