TCE

Até o momento, o pior mês foi sentido em abril, diz FecomercioSP

 O comércio varejista do país deve fechar o ano
de 2020 com queda de 6,7% no faturamento. A atividade deve faturar R$ 111, 31
milhões neste ano, o que significa menos 25,2% do que o faturado em 2019. O
pior mês, até o momento, foi sentido em abril, com recuo de mais de 81% nas
receitas ante o mesmo mês do ano passado.
 
 Segundo a Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), responsável pelo
levantamento, os números negativos são reflexo da pandemia de covid-19. As
lojas de vestuário, tecidos e calçados serão as mais prejudicadas.
 A avaliação indicou ainda que o segmento de
materiais de construção será o segundo mais afetado ao atingir R$ 105,549
milhões de faturamento, perda de 17,6% no faturamento neste ano. Também devem
ter queda no acumulado do ano, o faturamento de outras atividades (-13,3%);
lojas de móveis e decoração (-13,3%); veículos, motos, partes e peças (-11,4%);
e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-8,1%). No sentido contrário, as farmácias
terão crescimento de 2,8%, com faturamento de R4 165,4 milhões, e as
perfumarias de 5,4/%, faturando R$ 706,4 milhões em 2020.
 “Os dados reforçam os prejuízos causados pelo
fechamento das lojas físicas das atividades consideradas não essenciais em grande
parte das cidades do Brasil. Somado a esse fato, a crise provocada pelo
coronavírus aumentou o desemprego, diminuiu a renda de muitas famílias, e tudo
isso impactou no consumo desses itens. Esses lojistas foram obrigados a
procurar novas formas de vendas desde o início da pandemia. O jeito para os
varejistas já adeptos do mundo virtual foi intensificar as vendas no comércio
eletrônico”, disse a FecomércioSP.
Foto: Rovena Rosa