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Rancoroso, o presidente Landim não aceita fazer negócios com o clube que levou Jorge Jesus. Se o Benfica quiser, que pague as multas de forma integral
“Agora, o jogador não é inegociável.”
“O clube que tiver interesse nele tem de se manifestar e até agora isso não aconteceu.”
“O Benfica é um clube bom para qualquer jogador.”
“É um clube europeu com uma história magnífica.”
“E que nós respeitamos muito.”
“É um clube que dispensa comentário.”
Bastaram essas palavras do empresário de Bruno Henrique, Denis Ricardo, ao jornal português Record.
A reação da diretoria do Flamengo, muito magoada, pela saída de Jorge Jesus, foi imediata. 
Quis saber se dirigentes do Benfica já havia procurado o atacante ou o empresário.
Denis Ricardo teve de negar publicamente.
“Eu falei que nenhum jogador no Brasil era inegociável. Não estava falando do Bruno Henrique. O sonho dele é outro.”
“Ele sabe a importância dele no Flamengo e como estar em destaque aqui influência diretamente na convocação para a Seleção.”
“Está em evidência. Está muito feliz aqui. 
Me perguntaram o que eu achava do Benfica. Não partiu de mim o elogio diretamente”, tentou se explicar Ricardo, falando ao blog ‘Paparazzo Rubro-Negro’.
A cúpula do Flamengo sabe que, se o treinador português pudesse escolher apenas um jogador do elenco rubro negro para levar ao Benfica, seria Bruno Henrique.
Aos 29 anos, ele vive o auge da carreira.
Não por acaso foi escolhido como o melhor jogador da Libertadores e do Brasileiro de 2019.
Seus números são fabulosos.
E que cresceram demais sob o comando de Jorge Jesus.
Desde que foi contratado, em janeiro de 2019, marcou 43 gols e deu 16 assistências.
O treinador ficou impressionado com sua versatilidade, velocidade e forma com que desenvolve a visão de jogo na hora decisiva, de concluir ou fazer a assistência.
Enquato o midiático Gabigol chamava a atenção, Bruno Henrique foi o jogador mais decisivo do Flamengo.
Seu contrato vai até 2023.
A multa é relativamente baixa, para os padrões europeus, 30 milhões de euros, cerca de R$ 184 milhões.
A pessoa mais próxima da diretoria flamenguista de Jorge Jesus é o vice Marcos Braz. Ele fez questão de partilhar o último jantar do treinador antes de viajar de volta a Portugal. E sabe muito bem da ansiedade de Jesus em ter Bruno Henrique.
Só a postura do decepcionado presidente Rodolfo Landim, que ainda não absorveu a saída de Jesus, é firme.
Não negociar os jogadores do Flamengo com o Benfica.
A ordem é não baixar um centavo.
Se o clube português quiser levar Bruno Henrique, que pague toda sua multa rescisória.
O jogador já soube disso.
E seu empresário também.
Por isso, acabaram as declarações de amor ao Benfica.
E sua ‘história magnífica’…