(Fonte: Insider/Reprodução
Promotores federais dos Estados Unidos acusaram duas mulheres do Colorado que possuíam uma funerária de vender partes de corpos e cadáveres inteiros de pessoas que deveriam ser cremadas. Megan Hess e sua mãe, Shirley Koch, foram presas na semana passada e se declararam inocentes de nove acusações de fraude postal e transporte de materiais perigosos.
Na acusação, os promotores disseram que as mulheres ganharam centenas de milhares de dólares entre 2015 e 2017 vendendo cabeças, torsos, braços, pernas e até corpos inteiros para clientes que usaram os restos mortais para fins científicos, médicos ou educacionais.
Os promotores disseram ainda que as mulheres enganavam os compradores, falsificando os resultados dos exames de sangue para que os corpos apresentassem resultados positivos para doenças infecciosas, como HIV e hepatite.
As duas não são as únicas vendedoras apanhados no crescente setor de corretagem de corpos. Uma investigação da Reuters em 2017 descobriu que um mercado lucrativo e quase não regulamentado de partes do corpo está prosperando em todo os Estados Unidos e está repleto de abusos.
O relatório descreveu uma rede de corretores que atacavam famílias pobres trocando uma doação de corpos por uma cremação parcial gratuita.
A estratégia da coleta de corpos
A acusação dizia que Hess e Koch frequentemente se encontravam com famílias que solicitavam serviços de cremação e depois colhiam as partes do corpo do cadáver sem discutir seus planos com as famílias.
Outras vezes, Hess e Koch levavam as famílias a concordar com as doações, mas com a impressão de que apenas pequenas amostras seriam colhidas, como tumores ou pedaços de pele, disse o indiciamento. Nestes casos, os promotores apontaram que Hess e Koch costumavam colher muito mais do que aquilo que as famílias haviam concordado.
O dinheiro ganho com a venda de partes do corpo permitiu às acusadas reduzir sua taxa de cremação, tornando seus serviços um dos menos caros da região, alegou a acusação. Em alguns casos, Hess e Koch até ofereceram taxas reduzidas ou cremações gratuitas se as famílias concordassem em doar os restos mortais de seus parentes.
Para evitar que as suspeitas das famílias, as donas da funerária até fornecia o resultado da suposta cremação, fazendo acreditarem serem as cinzas de seus entes queridos, de acordo com a acusação.
