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             A previsão é que 1300 imóveis sejam retirados do leito do igarapé

 O Governo do
Estado, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), avança nas
demolições dos imóveis de uma parte do leito do Igarapé do 40. O trecho, que
está localizado entre as avenidas Silves e Maués, compreende área de
intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).
 A obra no
igarapé do 40 é uma intervenção remanescente do Prosamim I, que está sendo
contemplada agora, na terceira fase do programa. O projeto prevê a construção
de uma via interligando o Distrito Industrial à área central da cidade através
da Manaus Moderna, sendo uma nova opção para os motoristas que utilizam a
avenida Silves para acessar o Centro da cidade.
 Além de
melhorias na mobilidade urbana, a obra vai contemplar a recomposição da fauna
do local com plantio de mudas, paisagismo, criação de novas áreas de convívio
social, academias ao ar livre, praças, quadras multiuso e a revitalização de
campo de futebol.
 O
subcoordenador de Engenharia da UGPE, o engenheiro civil João Benaion, diz “que
as demolições permaneceram ocorrendo durante todo o ano e são realizadas via
máquinas e também de forma manual para não colocar em risco os imóveis
vizinhos”.
 A assistente
social do Prosamim, Marisa Lopes, afirma que o social do programa permaneceu em
campo, durante todo o período de restrição das atividades, devido à pandemia,
realizando os atendimentos das pessoas que ainda iriam ser retiradas da área e
auxiliando nas mudanças das famílias já indenizadas para que as demolições
fossem realizadas.
 Na última quarta-feira
(12), 96 famílias de áreas de intervenção do Prosamim receberam sua solução de
moradia definitiva através da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab). A
dona de casa Helena de Oliveira, 47, afirma que tem dois sentimentos ao ver sua
residência desocupada e o vazio deixado pelas casas dos vizinhos que já foram
demolidas. “Eu fico triste porque é aqui que eu nasci e me criei e a minha
casa, apesar de ser simples e pequena, não sofria com as alagações. Mas, eu
fico muito feliz pelos meus vizinhos, pois muitos deles já perderam tudo
diversas vezes, com a subida das águas”.
 O
coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, ressalta que
o trabalho da construção em si necessitou ser paralisado devido à cheia dos
rios, mas em nenhum momento as equipes do Governo do Estado pararam os
atendimentos. “Hoje, nós podemos obter esse avanço nas demolições devido ao
trabalho que já estava sendo realizado”, completou.


Fonte: UGPE
Foto: Tiago Correa