Hoje , sábado (6), o Estado do Amazonas e todos os demais da Região Norte irão completar um mês sem receber Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP 50/60), essencial para produção de asfalto para pavimentar ruas e estradas e que deveria ser fornecido e produzido pela Refinaria da Amazônia (Ream). De acordo com as empresas que compram o produto para fabricar o asfalto, diariamente a Ream – única instituição autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para fabricar e comercializar o CAP na região – emite notas adiando a normalização do fornecimento, mas não está cumprindo os prazos, fato que vem prejudicando toda a cadeia de produção, ameaçando centenas de empregos e afetando a continuidade de uma série de obras em todos os estados.
“Já estamos conversando com nossos clientes sobre isso, uma vez que haverá um aumento de mais de 50% no valor final do material, mas precisamos tomar uma providência porque não há previsão e esta situação está afetando toda a cadeia produtiva, de transportadoras e construtoras, até prefeituras que precisam realizar obras”, acrescentou.
Ream
Privatizada no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a antiga Refinaria Isaac Sabbá em Manaus, foi transferida no dia 1º de dezembro para a empresa Atem Distribuidora, quando passou a ser denominada Refinaria da Amazônia (Ream).
No último dia 25, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), informou em seu site oficial que “as frentes de obras de asfalto na cidade estão temporariamente paralisadas devido à ausência do Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)”.
Ainda segundo a secretaria, o laboratório contratado pela empresa Petrobras condenou um lote do CAP, por não atender as características físicas exigidas para a qualidade do pavimento e a expectativa da prefeitura, naquela data, era que “as usinas preveem retomada de distribuição do CAP ainda esta semana”.
Fonte : Blog do Hiel