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Reforma administrativa será encaminhada esta semana ao Congresso

 O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou
hoje (9) que a melhor resposta à crise, impulsionada pelo coronavírus, são as
reformas. Segundo ele, a reforma administrativa pode ser enviada ao Congresso
Nacional ainda esta semana, após o retorno do presidente Jair Bolsonaro dos
Estados Unidos. Ele disse ainda que a “contribuição inicial” do governo à
reforma tributária será encaminhada ao Congresso nesta ou na próxima semana.
 “Temos que manter absoluta serenidade. E a
maior resposta à crise são as reformas. Vamos mandar a reforma administrativa,
o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e vamos seguir
o nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento. 
 Se fizermos as
coisas certas, o Brasil reacelerará”, disse ao chegar ao Ministério da
Economia.
 Guedes disse que o coronavírus está sendo a
gota d’água para a redução do crescimento econômico mundial. “O mundo está
realmente em um momento crítico. O coronavírus está sendo a gota d’água porque
o mundo já estava desacelerando”. Já o Brasil, segundo ele, está em situação
contrária. “No quarto trimestre deste ano que acabou [2019] sobre o quarto
trimestre do ano anterior [2018] já estava crescendo a 1,7%.”
 O ministro destacou que a tragédia de
Brumadinho e a crise na Argentina levaram à redução do crescimento econômico do
Brasil em 2019. “Com esses dois episódios no início do ano passado, a taxa de
crescimento do Brasil rachou pela metade. O Brasil estava crescendo 1,3% e caiu
para 0,7% [primeiro trimestre de 2019]. Só que no segundo trimestre já começou
a voltar, [subiu] para 0,9%, no terceiro já estava em 1,1% e o no final do ano
já estava crescendo 1,7%”, disse.

 Juros e câmbio

 Guedes
disse que a continuidade das reformas
– administrativa, tributária e a do
pacto federativo – é para consertar o regime fiscal do país. “O Brasil é hoje
um país que tem regime fiscal sendo a prioridade. Estamos consertando o regime
fiscal brasileiro. Esse novo país tem juros mais baixos e tem um câmbio em uma
faixa mais alta”, disse, ao ser perguntado sobre o atual patamar do dólar, hoje
oscilando acima de R$ 4,70.
 “O Brasil era o paraíso dos rentistas e o
inferno dos empreendedores. Justamente porque tinha um juro muito alto e
acumulou reserva, várias vezes, o Brasil praticou populismo cambial. Jogava o
câmbio para R$ 1,50, R$ 1,20, R$ 1,80. Por muito tempo, o Brasil ficou com os
juros muito alto e o câmbio falsificado lá em baixo, exatamente porque tinha
reservas e colocava o juros na lua”, disse.
  Sobre o preço do petróleo, em queda, Guedes
disse que “o preço do petróleo vai cair”.
 “Quando o preço do petróleo subiu, todo mundo
[disse] ‘greve dos caminhoneiros, terrível, inflação vai voltar’. Aí o preço do
petróleo cai e todo mundo vai falar o que agora? O que nós vamos falar?”.
Foto:  Valter
Campanato