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Um homem de 25 anos, foi preso após agredir a própria enteada, uma bebê de um ano e seis meses. O crime ocorreu em 20 de março de 2019, no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus. A prisão ocorreu no município de Barreirinha (distante 331 quilômetros da capital).

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Especializada, que coordenou a operação, foi um crime intrafamiliar, na ocasião, a criança estava sob os cuidados do padrasto, na casa da família, enquanto a mãe dela tinha ido deixar a filha mais velha, de seis anos, na escola.

A autoridade policial contou, ainda, que quando a mãe da vítima chegou na residência, encontrou o indivíduo batendo nas costas da menina, que estava quase desacordada, alegando que ela tinha engasgado com comida. Imediatamente eles a levaram até uma unidade do Serviço de Pronto Atendimento (SPA).

Joyce explicou que no dia seguinte ao fato, o tio paterno da bebê compareceu a Depca e relatou que a criança estava internada no Hospital e Pronto-Socorro da Criança da Zona Leste/Joãozinho (HPSCZL), e com sinais de morte cerebral. A bebê apresentava inúmeros hematomas pelo corpo. Segundo a delegada, os vizinhos relataram à mãe que, na ausência dela, a vítima chorava muito.

No hospital foi descartada a hipótese de engasgo com comida, e devido à situação grave, a bebê teve duas paradas cardiorrespiratórias. Ao examinar a criança, a Depca entrou em contato com o médico legista e, após a vítima ser examinada, foi constatado que as lesões e hematomas eram decorrentes de agressões físicas. No momento da ocorrência, a família chegou a mencionar que a bebê estava há alguns meses com hematomas roxos pelo corpo.

“No primeiro momento, o autor das agressões se apresentou espontaneamente à delegacia, enquanto a criança ainda estava viva, e afirmou que a bebê havia se engasgado. Porém foi um fato descartado pela perícia técnica e também pelo exame de necropsia. Então a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico”, esclareceu Joyce.

Depois disso, o indivíduo fugiu da residência e esteve foragido por dois anos e três meses. A delegada representou pela prisão preventiva dele à Justiça, e a ordem judicial foi expedida no dia 19 de março de 2019, pelo juiz Luís Cláudio Cabral Chaves, da Central de Inquéritos.

Após intensa investigação, as equipes policiais descobriram que o autor do crime estava em uma comunidade próxima ao município de Barreirinha. Foram feitas diligências na cidade e em algumas comunidades ribeirinhas durante a terça-feira (22/06); e o homem foi encontrado na casa de um pastor, que o escondeu a pedido da família.

Foto/Divulgação