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Dos 10 câmpus do Instituto Federal de Brasília (IFB), apenas quatro tinham aderido à greve decretada em abril pelos servidores técnicos-administrativos e docentes

IFB suspende aulas por incapcacidade técnica nesta segunda (6/5)

Dos 10 câmpus do Instituto Federal de Brasília (IFB) apenas quatro tinham aderido à greve decretada em abril pelos servidores técnicos-administrativos e docentes

O Conselho Superior do Instituto Federal de Brasília (IFB) aprovou, nesta segunda-feira (6/5), por unanimidade, a suspensão temporária das aulas remanescentes nos câmpus que não tinham aderido à paralisação dos servidores, por incapacidade técnica. Entre os 10 câmpus, quatro estavam com atividades totalmente suspensas e seis estavam parcialmente paralisados.

A reitora do IFB, Veruska Machado, ressalta que a decisão foi pela suspensão das aulas remanescentes, sem interferir no calendário letivo do semestre: “Nós decidimos pela suspensão temporária das atividades, não pela suspensão do semestre. Ele só terminará um pouco depois, por causa da decisão de hoje”.

A greve no Instituto se estende, agora, por 33 dias, tendo início em três de abril. Reivindicações incluem reajuste salarial e reestruturação das carreiras dos servidores técnicos-administrativos em educação (TAE) e do ensino básico técnico e tecnológico (EBTT). Para Paulo Cabral, professor do curso superior de tecnologia em agroecologia no IFB e conselheiro na reunião, a pauta é “justa, necessária e legal”.

O professor destaca que o esvaziamento dos câmpus com a greve e divergências sobre a suspensão das atividades causam inseguranças, como depredações e práticas inadequadas dos estudantes nos espaços da instituição, além de animosidade entre os servidores. Para ele, os alunos serão prejudicados no retorno das atividades: “Haverá problemas sérios no momento de reposição das aulas, inclusive, financeiros, para estudantes que estão indo às aulas e terão que assisti-las de novo, quando o calendário normalizar”.

Paula Dutra, também conselheira e professora do IFB, aponta que, embora alguns docentes optem por furar a greve, “há estudantes com necessidades específicas que ficam desamparados nesse momento, como os autistas, que precisam de previsibilidade”.

Ela também defende que continuar funcionando, mesmo com a paralisação dos servidores, “passa uma imagem muito ruim à sociedade, que destoa do que lutamos, que é a busca por mais servidores, para garantir um funcionamento com tranquilidade, sem sobrecarga de trabalho”. O professor Lucas Lira complementa: “Se não há apoio técnico, não há como manter as atividades”.

A reunião pode ser acompanhada, na íntegra, pelo link.

 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Divulgação