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Partindo da premissa de que o capital humano de uma corporação seja ela da dimensão que for, é o maior patrimônio que pode ter e aliado a constante evolução do mundo globalizado dos negócios, são afirmações que por si só justificam o treinamento e a educação corporativa.
Estamos em plena era da Indústria 4.0 que para quem não sabe é um conceito recente e seu estudo foi concretizado há apenas alguns anos. Ele surgiu em 2011, na Feira de Hannover (Alemanha), por meio de um projeto ministrado por Siegfried Dais e Henning Kagermann.
Uma das grandes estrelas da indústria 4.0 é a internet das coisas (IoT) que se refere a grupos de dispositivos digitais, tais como sensores industriais, que coletam e transmitem dados pela Internet. Segundo o site da HP Enterprise, termo “Internet das Coisas”, a (IoT), delineia o grande e cada vez maior conjunto de dispositivos digitais — agora na casa dos bilhões — que operam entre redes de escala potencialmente integral. 
Ao contrário da Internet normal (das pessoas), a IoT é composta apenas por sensores e outros dispositivos inteligentes. Entre seus usos estão a captação de dados operacionais de sensores remotos em plataformas de petróleo, a coleta de dados climáticos e o controle de termostatos inteligentes.
Já da para o leitor ter uma dimensão do quanto as empresas precisam e precisarão treinar e educar seu capital humano com o advento destas tecnologias não apenas para se alinhar à tecnologia mas também à inteligência emocional.
Jack Ma, presidente-executivo do grupo chinês Alibabá que é também o empresário mais rico da China e um dos mais ricos do mundo menciona que:
“Somente quando as pessoas melhoram, quando a mente das pessoas muda, quando as habilidades das pessoas evoluem, então podemos entrar no período digital”. Analisando sob a ótica de Jack Ma, percebemos do quanto precisamos disseminar o treinamento e a educação nas empresas.
O Brasil de hoje conta com mais de 12 milhões de desempregados, é surpreendentemente que estejam elas com severas dificuldades para contratar pessoas para labutarem na área de Tecnologia da Informação assim como é grande também as empresas que se deparam com grandes dificuldades cotidianas para implantar suas normas de segurança, ambiental e qualidade de vida no trabalho.
É apelativo que empresas entendam que treinar e educar além de ser algo distinto, tem que ser tratado como um investimento e não despesa. Necessário que reformulem este pensamento e que se apossem do sentimento de que os treinamentos corporativos melhoram as habilidades e as competências técnicas da equipe trazendo novas perspectivas para o ambiente organizacional.
conversa com o empresário e educador, Michael Jean Botelho o mesmo ressalta que empresas que investem nos seus colaboradores têm 74% mais engajamento, e que é correto pensar que o crescimento e o sucesso de qualquer destas estão relacionados com o desenvolvimento de seu capital humano. Logo, o gestor que proporciona e transmite conhecimentos aos seus colaboradores vislumbra novas possibilidades e oportunidades para empresa e colaboradores, mantém em altíssima conta a motivação além de dar cumprimento em alguns casos a segurança do colaborador.
Lembra ainda o empresário, que treinamentos de segurança são obrigatórios e essencial na capacitação voltada as atividades de reconhecer, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho. É uma grande oportunidade para desenvolver a cultura de segurança na empresa. Estes treinamentos mais específicos são fundamentados pelas NR`s também conhecidas como Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
Acrescenta que de acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, de 2012 a 2018, o Brasil registrou 16.455 mortes e 4.5 milhões acidentes. No mesmo período, gastos da Previdência com Benefícios Acidentários corresponderam a R$79 bilhões, e foram perdidos 351.7 milhões dias de trabalho com afastamentos previdenciários e acidentários.
Importante lembrar que educar e treinar são ações distintas. Muitos colaboradores chegam à empresa com conhecimento exigido para suas funções. Porém, educar esse colaborador não é simplesmente treiná-lo para que se ele se adapte aos processos do ambiente, mas sim propiciar uma educação continuada e renovada. Com o treinamento espera-se que o colaborador trabalhe sempre da forma como aprendeu, ao educar, espera-se que o colaborador entenda e melhore continuamente seu trabalho.
Por Luiz Claudio da Silva
Especialista em Educação Corporativa.