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Prefeitura de Manaus alinha projetos de intervenção urbanística, turísticas e cultural dentro do programa “Mais Manaus”, lançado ano passado pelo prefeito David Almeida, com foco especialmente em dois grandes projetos arquitetônicos: largo e Mirante da Ilha de São Vicente, no Centro, além do e parque Rosa Almeida – Encontro das Águas, na zona Leste.

Em reunião, os diretores-presidentes do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), engenheiro Carlos Valente, e da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira dão continuidade à integração entre autarquias e secretarias para a seleção de projetos que visam reabilitar territórios urbanos da capital.

Em ambas intervenções a ideia é celebrar as histórias dos locais, transformando-os em espaços vibrantes e diversificados voltados ao lazer, cultura, atividades e eventos públicos.

“Estamos alinhando e dando continuidade aos projetos que envolvem urbanismo, turismo, lazer, cultura e entretenimento. São duas grandes intervenções do prefeito David Almeida que começam a ter as datas de entrega definidas, com cronogramas e que no futuro terão muitas atividades voltadas ao turismo, gastronomia, artesanato, entre outros, envolvendo a Manauscult”, disse Valente.

A previsão do início das obras é para julho de 2022, posterior aos processos licitatórios e execução dos projetos executivos.

“Temos esses projetos arquitetônicos belíssimos e a Manauscult se soma ao desenvolvimento para dar o start em suas operações nestes espaços. Fora isso temos toda uma série de ações para harmonização do quadrilátero no centro histórico, envolvendo as ruas Frei José dos Inocentes, Visconde de Maué, Bernardo Ramos e trecho da avenida 7 de Setembro”, explicou Alonso.

A Manauscult está atuando no suporte necessário antes do início das obras para trabalhar com os moradores do Centro o sentimento de pertencimento, tendo ainda apoio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura).

“Além de cuidar de projetos, dando esta nova visibilidade para a cidade, também cuidamos das pessoas”, completou Alonso.

Para o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, o verdadeiro desafio no Centro é ter o patrimônio cultural e criar espaços de transformação urbana, cultural e social, com soluções arquitetônicas inovadoras, conectadas com as pessoas, valorizadas e com o olhar para o ambiente, que tem como vista principal o rio Negro.

Mirante

O programa Nosso Centro visa o resgate econômico da área, envolvendo ações de economia, turismo, história, empreendedorismo, cultura, arte e habitação. São três eixos de atuação: “Mais Vida”, “Mais Negócios” e “Mais História”.

Nas 38 ações de revitalização para o Nosso Centro estão programadas intervenções como a primeira grande área vertical de entretenimento, lazer, contemplação e negócios às margens do rio Negro, no início da avenida 7 de Setembro, Centro, na Ilha de São Vicente, a ser construído pela Prefeitura de Manaus, o parque Mirante da Ilha.

O antigo prédio da Companhia Energética do Amazonas (Ceam) vai abrigar um complexo de lazer e negócios, com foco no turismo, incluindo uma marina, mirante, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura que remete à sinuosidade de um banzeiro. Será uma das reconversões de uso projetadas para o Nosso Centro, onde um antigo prédio de uso operacional será transformado no edifício Mirante da Ilha.

A obra vai se integrar ao parque urbano, construindo um grande largo, associado à circulação de vários modais e requalificação de áreas vazias.

Parque

Distribuído em uma área total de mais de 120 mil metros quadrados, com encostas e grande declividade, o parque Rosa Almeida – Encontro das Águas tem vista do cartão postal natural onde percorrem os rios Negro e Solimões, na zona Leste. Nele estão os elementos do projeto original de Oscar Niemeyer, que receberá ainda mirante, centro de artes, museu, restaurante e outros elementos urbanos, como um heliponto.

O arquiteto Niemeyer desenhou uma estrutura em concreto armado, na sua assinatura de reinterpretação de materiais modernos e volumes puros, na relação arte-arquitetura. Para o parque, há o contraste geométrico entre formas arquitetônicas orgânicas – a representação dos rios – com a natureza exuberante.

“Niemeyer projetou um monumento, que vamos conectar ao ecossistema aquático. É uma oca estilizada em concreto armado, com 30 metros de diâmetros e uma lâmina em cima, com cerca de 17 metros de altura, representando os rios Negro e Solimões. A outra parte é um restaurante, também dando curva ao concreto”, disse o Valente.

São 120 mil metros quadrados, mas grande parte é de proteção permanente por causa da declividade acentuada do terreno, acima de 30 graus, com encostas.

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Texto – Cláudia do Valle / Implurb

Fotos – Divulgação / Manauscult

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