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Inteligência artificial: confira as profissões que vão ‘nascer’ e ‘morrer’ com novas tecnologias

Pesquisa da Universidade de Oxford aponta que salários de pessoas especializadas em IA podem aumentar em até 40%

A inteligência artificial (IA) transforma rapidamente o mercado de trabalho, cria novas oportunidades, mas também ameaça profissões tradicionais. Com a alta demanda por profissionais especializados em tecnologia, habilidades relacionadas à IA podem aumentar salários em até 40%, conforme indicou um estudo da Universidade de Oxford. No entanto, a mudança, conforme especialistas, reforça a importância da capacidade de adaptação e aprendizado contínuo.

Segundo uma pesquisa da Accenture, 84% dos executivos de grandes empresas consideram a adoção da IA essencial para o crescimento dos negócios. O avanço tecnológico acelera a automação de tarefas rotineiras e exige o desenvolvimento de novas competências como análise de dados e programação.

À medida que a IA e a automação ganham espaço, algumas ocupações enfrentam maior risco de extinção. Setores como a indústria e o atendimento ao cliente são os mais afetados. Com robôs capazes de substituir trabalhadores em linhas de montagem e assistentes virtuais que respondem questões de atendimento. Assim, a necessidade de pessoas em vagas de telemarketing, caixas de mercado e representantes de atendimento ao cliente diminui.

Robô Ameca movido por inteligência artificial no Mobile World Congress (MWC) na Feira de Barcelona, Espanha — Foto: Angel Garcia/Bloomberg
Robô Ameca movido por inteligência artificial no Mobile World Congress (MWC) na Feira de Barcelona, Espanha — Foto: Angel Garcia/Bloomberg

Um estudo do McKinsey Global Institute aponta que até 2030, aproximadamente 14% dos profissionais brasileiros poderão precisar mudar de carreira em razão da digitalização, automação e dos avanços da IA. A porcentagem representa quase 16 milhões pessoas e conforme a análise, a capacidade de adquirir novas habilidades se torna cada vez mais importante para driblar o problema.

Satya Nadella, executivo-chefe da Microsoft, anuncia a nova funcionalidade de inteligência artificial — Foto: Grant Hindsley para o The New York Times
Satya Nadella, executivo-chefe da Microsoft, anuncia a nova funcionalidade de inteligência artificial — Foto: Grant Hindsley para o The New York Times

Por outro lado, há carreiras que continuam relativamente seguras mesmo nesse cenário. Profissões que exigem criatividade, inteligência emocional e decisões complexas, como médicos, enfermeiros e gerentes de recursos humanos, permanecem relevantes. Além disso, trabalhos manuais qualificados, como eletricistas e encanadores, também estariam resguardados pela dificuldade de realização dessas atividades por uma inteligência artificial.

O próprio processo de recrutamento já é impactado pela IA, com plataformas que usam a tecnologia para analisar currículos e prever o quão compatível um candidato é com determinada vaga. Embora isso torne o processo mais eficiente para empresas e candidatos, exige adaptações.

A expertise em áreas específicas de IA, como aprendizado de máquina e análise de dados, é altamente valorizada. Habilidades em programação, especialmente em linguagens como Python e R, podem ser essenciais para a criação de modelos de IA e automação de processos.

UAE lança nova inteligência artificial generativa, a Falcon 2 — Foto: The Technology Innovation Institute / Divulgação
UAE lança nova inteligência artificial generativa, a Falcon 2 — Foto: The Technology Innovation Institute / Divulgação

Além disso, conhecimentos sobre o impacto ético da IA, como privacidade de dados e cultura dos algoritmos, também estão em alta demanda, o que implica na necessidade de soluções responsáveis no uso dessa tecnologia.

Há uma série de plataformas que oferecem cursos gratuitos ou acessíveis para desenvolver habilidades em IA. Programas como o FluêncIA da Microsoft e o Google AI estão entre as opções para quem deseja iniciar ou expandir seu conhecimento na área.

Fonte: O Globo

Foto: Divulgação
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