TCE
Nova lei permite retirada, a fim de reduzir impactos da pandemia
 Mais de 1 milhão de chilenos pediram
nessa quinta-feira (30) para sacar parte de seus fundos de pensão, após a
entrada em vigor de uma lei controversa que permite que os cidadãos
retirem economias da aposentadoria a fim de amortecer os impactos econômicos da
pandemia do novo coronavírus.
 
 Filas imensas foram formadas em Santiago fora
dos escritórios dos Administradores de Fundos de Pensão (AFP), enquanto os
chilenos tentavam desfrutar da nova lei. A medida de emergência permite que
aqueles com economias depositadas retirem até 10% da aposentadoria.
 Os sites de
vários dos administradores dos fundos de pensão entraram em colapso, em meio à
enxurrada de pedidos.
  “Como alertamos desde o início, esse
processo é sem precedentes e tivemos que preparar rapidamente todas as
plataformas”, disse Larraín. Ele afirmou que levará dez dias úteis
para os primeiros pagamentos caírem nas contas. A entrada de dinheiro no
bolso de chilenos é amplamente esperada para impulsionar a economia.
 Vários economistas e analistas revisaram para
cima as previsões para o Produto Interno Bruto do Chile desde a aprovação da
lei, estimando um impulso nos gastos do consumidor.
 O governo de centro-direita do presidente
Sebastián Piñera se opôs à medida de emergência, dizendo que apoiaria os
cidadãos por meio de gastos públicos. Ele alertou sobre o impacto de longo
prazo na lucratividade e nos já baixos pagamentos de aposentadoria, em média.
 Apesar dos apelos, pesquisas de opinião
indicam que quase nove em cada dez chilenos planejam sacar recursos. A maioria
disse que usará o dinheiro para pagar bens e serviços básicos.
 O sistema de previdência privatizado do Chile,
criado pelo ditador Augusto Pinochet, frequentemente é aclamado como modelo por
outros países, mas também tem sido fortemente criticado nos últimos anos por
baixos pagamentos.
Foto: Sebastian
Martinez